27 outubro 2011

Teoria dos Sentimentos Morais

Adam Smith, fundamentalmente otimista, publicou em 1759, a Teoria dos Sentimentos Morais em que, influenciado por Hutcheson, faz da simpatia o fundamento da moral.

Do ponto de vista filosófico, é a obra prima de Adam Smith. Nas suas quase 500 páginas, passa e repassa as ideias sobre a conveniência da ação, os problemas inerentes aos méritos e deméritos, as questões da gratidão e do ressentimento, os propósitos da conduta humana, o caráter da virtude, as noções de justiça, prudência e benevolência, entre outras.

 



26 outubro 2011

Dinheiro é Riqueza?

Até o início da era moderna, a riqueza era definida como o conjunto dos bens materiais, tais como, casas e terras. Depois do incremento do comércio, a partir da Idade Média, o dinheiro assumiu o status de riqueza. Acumular dinheiro dá a sensação de que a pessoa é rica.

A verdade, porém, não é bem esta. Observe que o dinheiro, estritamente falando, nada mais é do que um meio troca. Em vez de usar sal, farinha ou mesmo o boi, as pessoas optaram pelo uso da moeda, pois ela facilita as transações de mercadorias e serviços dentro da sociedade.

Para demonstrar que o dinheiro não é riqueza, pensemos: O que faria um indivíduo, cheio de dinheiro, numa ilha, tal qual aconteceu com Robinson Crusoé que, em meados do século XVIII, se dirigia à América do Sul, mas o barco em que seguia naufragou ficando a viver numa ilha deserta? O que ele compraria, se não havia nada para trocar o dinheiro que levou? Para ele, o que seria riqueza? Talvez uma vara de pescar ou uma faca para preparar o seu peixe.

 

A Desigualdade da Renda é Boa ou Má?

Tese: As rendas deveriam ser iguais se todos os homens fossem semelhantes.

Não é correto reivindicar que todos devam ter rendas iguais. Para explicar esse raciocínio, temos de nos valer da utilidade marginal da renda. Inicialmente, façamos a hipótese de que possamos atribuir números à utilidade da renda de cada pessoa. A utilidade marginal da renda é a mudança na utilidade total que resulta de uma mudança de unidade na renda. Suponhamos, também, que possamos somar as utilidades totais de diferentes indivíduos para obter uma utilidade total social para a sociedade toda.

Baseando-nos nos dizeres acima, a utilidade social chegaria a um máximo quando a utilidade marginal da renda de todos os indivíduos fosse igual. Igualdade de renda, contudo não implica igualdade da utilidade marginal da renda. Por quê? Porque cada um de nós faz um juízo de valor diferente para cada unidade de sua renda. É por isso que as rendas seriam iguais somente para pessoas semelhantes.

O argumento mais convincente a favor da desigualdade da renda é o de que não é o nível médio de realização que mede o valor de uma cultura, mas os níveis máximos que ela atinge. Dentro desse contexto, seria preferível uma sociedade que tivesse cabanas de pau-a-pique e catedral a uma outra que só tivesse cabanas de pedra. O problema das políticas econômicas é encontrar o grau ótimo de desigualdade. Parece-nos que a média justa, apregoada por Aristóteles, é a mais aconselhável.

Dando prosseguimento a este raciocínio, somente as sociedades ricas podem se dar ao luxo da igualdade. As sociedades em desenvolvimento precisam de um alto grau de desigualdade, em que os recursos possam ser aglomerados em mãos de poucos, para propiciar o desenvolvimento de longo prazo.

Fonte de Consulta

BOULDING, K. E. Princípios de Política Econômica. São Paulo: Meste Jou, 1967, p.107 a 111.