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24 julho 2025

Peste Negra

A Peste Negra, ou peste bubônica, foi uma epidemia ocorrida entre 1347 e 1351 — uma ocorrência devastadora — que consumiu a vida de 75 a 200 milhões de pessoas na Europa, Ásia e norte da África. Saliente-se que, em apenas dois anos, essa peste letal matou mais de um terço da população da Europa e do Oriente Médio, alterando o cenário econômico, social e religioso da região para sempre.

A causa reside na bactéria Yersinia Pestis, transmitida por pulgas de ratos infectados. Apresenta-se de três formas: 1) bubônica — a mais comum — causava inchaços (bubões) dolorosos nos gânglios linfáticos; 2) septicêmica, que é a infeção no sangue; 3) pneumônica, que atingia os pulmões e era altamente contagiosa por via aérea. O processo: primeiro surgiam os bubões; em seguida, as manchas pretas na pele (daí o nome "Peste Negra"); e, depois, cerca de três quartos dos infectados morriam.

A disseminação da peste negra. Tendo começado, provavelmente e de forma lenta, na Ásia Central ou no oeste da China nos anos 1330, espalhou-se rapidamente pelas rotas marítimas comerciais. Ao alcançar Gênova, apareceu rapidamente na Sicília e em Marselha. Em 1348, atingiu Espanha, Portugal e Inglaterra, chegando à Alemanha e à Escandinávia em 1349.

O impacto da Peste Negra: 1) reduziu drasticamente a população da Europa; 2) crises econômicas, ou seja, a escassez de mão de obra apontou para um aumento dos salários e grandes mudanças sociais. Em 1350, os trabalhadores ingleses conseguiam ganhar cinco vezes mais que em 1347, e os inquilinos pagavam seus aluguéis em dinheiro em vez de em trabalho compulsório; 3) perseguição aos judeus, considerados erroneamente culpados pelo flagelo.

Como no caso da pandemia da Covid, a medicina da época não sabia a causa da doença e, como consequência, aplicavam tratamentos ineficazes.

Fonte de Consulta

O Livro da História. Tradução de Rafael Longo. São Paulo: GloboLivros, 2017.

 

14 julho 2022

5 Lições Básicas de Economia

Embora continuem sendo ignoradas, as 5 lições são as seguintes:

1ª lição: Dizer que os salários — principalmente o salário mínimo — devem ser aumentados por decreto significa dizer que o segredo para a prosperidade é aumentar os custos de produção;

2ª lição: Dizer que o governo deve estimular o crédito para salvar a economia significa dizer que a maneira de salvar a economia é aumentando o endividamento das pessoas. Crédito e dívida são nomes distintos para a mesma coisa;

3ª lição: Dizer que o governo deve estimular a indústria nacional por meio de subsídios ou empréstimos subsidiados significa dizer que o grande empresariado deve receber dinheiro de impostos do povo e, com isso, levar vantagem sobre os concorrentes menores;

4ª lição: Dizer que mais gastos do governo estimulam o empreendedorismo significa dizer que a contratação de mais burocratas e a criação de mais burocracia e regulamentações incentivam a produção e criam mais riqueza;

5ª lição: Dizer que as empresas devem ser controladas por agências reguladoras significa dizer que essas empresas devem operar dentro de um cartel protegido pelo estado, com preços garantidos e sem liberdade de entrada para potenciais concorrentes.

 

10 agosto 2021

Resposta a alguns Comentários Críticos ao Paradigma Austríaco

A) “As duas abordagens (austríaca e neoclássica) não se excluem, sendo até complementares”.

A tese da compatibilidade teria fundamento se o método neoclássico (baseado no equilíbrio, na constância e numa concepção estreita de otimização e racionalidade) correspondesse à forma real como os seres humanos atuam e não tendesse, como acreditam os austríacos, a viciar em grande medida qualquer análise teórica. 

B) “Os austríacos não deveriam criticar os neoclássicos por utilizar pressupostos simplificadores que ajudam a entender a realidade”

O que os austríacos criticam aos neoclássicos não é a natureza simplificadora dos seus pressupostos, mas sim, precisamente, o fato de esses pressupostos serem contrários à realidade empírica de como se manifesta e atua o ser humano (de maneira dinâmica e criativa).

C) “Os austríacos falham no momento de formalizar as suas proposições teóricas”

O uso do formalismo matemático é mais um vício do que uma virtude, uma vez que é uma linguagem simbólica construída de acordo com as exigências do mundo das ciências naturais, da engenharia e da lógica, campos onde o tempo subjetivo e a criatividade empresarial não estão presentes.

D) “Os austríacos produzem muito poucos trabalhos de tipo empírico”

Os austríacos consideram que existe um excesso de produção de trabalhos empíricos e uma escassez relativa de estudos teóricos que sejam capazes de nos permitir entender e interpretar o que acontece na realidade.

E) “Os austríacos renunciam à previsão no âmbito da Economia”

Preocupam-se mais em construir um esquema ou arsenal de conceitos e leis teóricas que permitam interpretar a realidade e ajudem os seres humanos que atuam (empresários) a tomar decisões com maiores possibilidades de êxito.

F) “Os austríacos carecem de critérios empíricos para validar as suas teorias”

A validação empírica das teorias ignora que em economia a “evidência” empírica nunca é incontroversa uma vez que se refere a fenômenos históricos de natureza complexa que não permitem a experimentação laboratorial, na qual se isolam os fenômenos relevantes e se mantêm constantes todos os demais aspectos que possam exercer alguma influência sobre a análise. Ou seja, as leis econômicas são sempre leis ceteris paribus, enquanto que na realidade jamais se verifica este pressuposto de constância. 

G) “A acusação de dogmatismo”

Paradoxalmente, a arrogância e o dogmatismo radicam na forma habitual de os economistas neoclássicos apresentarem o que consideram ser o ponto de vista mais característico da economia, quando se centram exclusivamente sobre a base dos princípios do equilíbrio, da maximização e da constância das preferências.

Fonte de Consulta 

HUERTA de SOTO, Jesus. A Escola Austríaca: mercado e criatividade empresarial. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.


15 outubro 2020

Escolha: Mais é Menos

“A escolha é o que nos distingue da economia planificada”. 

Hoje, há uma infinidade de produtos à espera de nossa escolha. Quando se fala de televisão, diz-se que há 1000 canais para ninguém ver. Suponha uma pessoa que esteja reformando a sua casa e tenha que escolher azulejos, cerâmicas, granito, mármore, etc. As inúmeras opções deixam a pessoa confusa na hora de decidir o produto ideal para o seu gosto.

Observemos as opções oferecidas em vários segmentos da sociedade. Na livraria virtual Amazon, há 2 milhões de títulos disponíveis. Num Supermercado pode haver mais de 50 tipos de iogurte. Quanto ao vinho, nem se fale. Em se tratando de férias, há mais de 5 mil destinos diferentes. Acrescentemos: roupas, calçada, tênis, produtos de limpeza etc. A isso denominamos paradoxo da escolha.

De acordo com o psicólogo americano Barry Schwartz, em seu livro O paradoxo da escolha, há três razões por que isso acontece:

Primeira — ter muita opção leva a uma paralisia interior. Um supermercado ofereceu 30 tipos de doces para serem saboreados e comprados com desconto; no outro dia, apenas 6 tipos. Resultado: vendeu bem mais na segunda opção. A oferta sendo ampla, o cliente não consegue decidir e acaba não comprando nada.

Segunda — ter muita opção leva a decisões piores.

Terceira — ter muita opção leva à insatisfação. Como ter certeza de ter feito a melhor escolha entre duzentos itens?

Solução: primeiro, ponhamos nossas prioridades no papel. Somente depois, analisemos as ofertas existentes.

Fonte de Consulta

DOBELLI, Rolf. A Arte de Pensar Claramente [Recurso Eletrônico] : Como Evitar as Armadilhas do Pensamento e Tomar Decisões de Forma mais Eficaz. Tradução KarinaJanini. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

 


13 janeiro 2016

Aposentadoria: Pesquisa com Milionários Americanos

Na expectativa da aposentadoria e do descanso, muitas pessoas toleram as condições de suas atividades profissionais, mesmo que não se sintam plenamente realizadas. 

Para os milionários americanos, a coisa funciona de modo diferente. Na pesquisa realizada pelo banco norte-americano de investimentos Merrill Lynch e a Age Wave, organização idealizada pelo geriatra Ken Dychtwald e especializada em pesquisas sobre envelhecimento, grande parte desses milionários querem criar novas possibilidades de trabalho. 

Com o título "Work in Retirement: Myths and Motivations" (Trabalho na aposentadoria: Mitos e Motivações), procurou-se explorar os desafios e crenças comuns sobre o trabalho durante a aposentadoria, em que o número de idosos irá superar brevemente o do jovens.

A pesquisa revelou que três em cada quatro indivíduos em processo de aposentadoria e com idade superior a 50 anos pretende continuar trabalhando depois da aposentadoria. O estudo também mostrou que do número total de milionários pesquisados, um terço continua trabalhando mesmo com idade legal para a aposentadoria.

A pesquisa foi realizada em março de 2014 e contou com a participação de mais de 7.000 entrevistados, sendo que 2.829 possuem mais de 50 anos e pelo menos US$ 250.000 em ativos de investimento (incluindo dinheiro líquido e investimentos, mas excluindo imobiliário).

Qual a lição? O trabalho mental não para. Por isso, deveríamos nos preparar para o uso produtivo do tempo, depois que nos aposentarmos.  

Fonte de Consulta

http://www.institutoliberal.org.br/blog/o-mito-da-aposentadoria-o-fim-que-deve-ser-um-recomeco/ (janeiro de 2016)




08 julho 2015

Imposto e Gestão Pública

Foto

imposto é a parcela da receita pública com a qual cada cidadão contribui para custear as despesas públicas. O imposto objetiva o atendimento das necessidades coletivas, de interesse geral, essenciais à própria vida do Estado. O imposto, do latim imponere, colocar sobre, como o próprio nome diz é imposto, isto é, seu pagamento é determinado coercitivamente.

O objetivo da administração pública é atender aos interesses da população e, para tanto, apoia-se nos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência. Os responsáveis por esta tarefa são os funcionários públicos que a exercem através do próprio Estado. A gestão pública nada mais é do que as atividades da burocracia estatal com o fim de responder aos anseios da sociedade.

O imposto é retirado dos indivíduos, que são os consumidores. Antes disso, porém, alguém ou alguma máquina teve de produzir o referido bem. Quer dizer, o Estado nada produz. O que ele tem veio de alguma produção ou serviço. Para muitos gestores, principalmente aqueles ditos de esquerda, o dinheiro parece cair do céu. Gastam sem questionar quem está pagando a conta.

Observe a reflexão do astrofísico americano Neil Degrasse Tyson, o mais ativo divulgador da ciência depois de Carl Sagan. Para ele, o cientista deve retribuir para a sociedade. Na maioria dos países, principalmente nos Estados Unidos, as atividades científicas são financiadas pelo governo, por órgãos públicos. De onde vem o dinheiro? Dos impostos pagos pelos cidadãos. Logo, cada pessoa, e todo mundo, financia experimentos científicos, cujos resultados podem afetar a política, a economia, a saúde pública, a civilização.

Vejamos o que tem acontecido no Brasil nesses últimos anos. Incentivou-se o consumo sem a contrapartida dos investimentos. Além disso, os preços do câmbio, da energia elétrica, da gasolina etc. foram congelados para poder vencer as eleições. Com isso, estamos tendo um desemprego nunca antes visto e aumento sucessivo da dívida pública. 

Os homens de estado têm de aprender que o Estado nada produz e que não há almoço grátis. Quando se diz "gratuito" não quer dizer que não teve custos. Alguém, em algum lugar, está pagando por aquela prestação de serviço. Daí a responsabilidade pela gestão da coisa pública, pois aqueles recursos não pertencem à pessoa, nem ao partido, mas a todos e, por isso, deve ser devolvido de forma eficiente em serviços (saúde, educação, segurança) como bem nos advertia Adam Smith.

Não nos esqueçamos de prestar contas pelo uso do dinheiro público. Ele pertence a todos

 





29 dezembro 2014

Ganha-Ganha e Soma-Zero

Gideon Rachman, editor-chefe de assuntos internacionais do Financial Times, em "O Mundo Soma-Zero", faz um estudo da economia desde 1978, analisando-a em três períodos: a Era da Transformação (1978-1991); a Era do Otimismo (1991-2008); a Era da Ansiedade (2008 em diante).

Ao longo dos 30 anos (1978 a 2008), as maiores potências do mundo adotaram a globalização, porque pensavam que esse sistema econômico era o mais adequado para atender aos interesses comuns. A crise de 2008 alterou a lógica das relações internacionais do ganha-ganha e passou para soma-zero.

A lógica da soma-zero é quando o ganho de um país coincide com a perda em outro país. Para o autor, a lógica da soma-zero está ameaçando o futuro da União Europeia, à medida que os países discordam em relação aos custos de se administrar a moeda única. Acha também que a lógica da soma-zero tem impedido o mundo de se chegar a um acordo em relação ao aquecimento global. Os Estados Unidos, a China e a União Europeia e as principais economias em desenvolvimento hesitam em dar o primeiro passo, com medo de perder competitividade com o seu vizinho.

A Era da Transformação teve início em dezembro de 1978 em Pequim, na Terceira Plenária do encontro do Décimo Primeiro Comitê Central do Partido Comunista da China. Ela terminou na noite de Natal de 1991, quando a bandeira da União Soviética foi arriada pela última vez no Kremlin. No fim de 1978, Deng Xiaoping estabeleceu as bases da abertura chinesa e, concordando com os Estados Unidos, dizia: "É glorioso enriquecer".

A Era do Otimismo foi um período em que o poder econômico americano estava colocado no centro das atividades econômicas mundiais. Wall Street direcionava o fluxo de dinheiro; Estados Unidos gastava mais do que todos os outros países; os Estados Unidos eram o centro das revoluções da informática e da internet. Tudo isso dava força à globalização, à democracia e ao livre-comércio.

Durante a Era do Otimismo, a globalização e o poder americano serviram de base para o sistema internacional. Os internacionalistas liberais estavam confiantes de que o mercado da prosperidade, liberdade e estabilidade estava em expansão, enquanto pobreza, ditadura e a anarquia estavam sendo repelidos aos poucos.

O crash econômico de 2008 deu início à Era da Ansiedade. A crença no progresso da democracia fora abalada pelas dificuldades de implantar a democracia no Iraque e no Afeganistão e pela crescente confiança da China autoritária. Além disso, houve muita desconfiança quanto ao progresso tecnológico. A própria Rússia se envolvia em força militar, quase destronando a Geórgia democrática, em agosto de 2008. 

Fonte de Consulta

RACHMAN, Gideon. O Mundo Soma-Zero: Política, Poder e Prosperidade no Atual Cenário Global. Tradução de Cristina Yamagami. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

 

30 junho 2008

Textos de Economia e Política














5 Lições Básicas de Economia

Admirável Mundo Novo (Livro)
Agricultura: Sustentáculo de Tudo
Agricultura e Pecuária Sustentáveis
Algumas Características da Esquerda Brasileira
Algumas Citações sobre a Democracia
Algumas Frases de Ludwig von Mises
Algumas Frases de Ronald Reagan
Alguns Dados da Economia Brasileira
Ambientalismo, Internacionalismo e Conservadorismo
Análise Geopolítica do Brasil e do Mundo
Antifrágil: Coisas que se Beneficiam com o Caos
Aposentadoria: Pesquisa com Milionários Norte-Americanos
Artigo 142 da C. F.
Aristocracia
Atitude de Sócrates e os Políticos Brasileiros
Atrocidades em "O Arquipélago Gulag"

Bem Comum
Bitcoin (Livro)
Blogs e Sites do Autor
Boulding e os Princípios de Política Econômica
Breviário dos Políticos

Capitalismo ante o Socialismo, O
Capitalismo Consciente
Capitalismo, Socialismo e Comunismo
Carta Magna
ChatGPT
Chico Xavier Previu Tudo
Cidade de Deus
Cidade Grega: Quem Manda e Quem Obedece
Ciência e Ciências
Cinco Razões do Autoritarismo dos Governadores
Círculo Vicioso da Injustiça
Código de Hamurabi
Código de Hamurabi, Leis das Doze Tábuas e Leis de Manu
Combatendo os Sofismas Políticos
Conservadorismo
Constituição Planetária
Convencer Quem não Quer ser Convencido
Corrupção e os Cinco Efeitos Devastadores
Corrupção e Princípio da Ação
Crise de 1929
Custo Privado e Custo Social

Decálogo de Lenin?
Democracia
Democracia Aviltada
Deputado no Parlamento de Genebra
Desigualdade da Renda é Boa ou Má?, A
Desigualdade: Ricos e Pobres
Desvalorização e Especulação
Diferenças Essenciais entre a Escola Austríaca e a Neoclássica
Dinheiro é Riqueza?
Dinheiro e Troca
Distopia
Distribuições Inigualitárias
Donald Trump: 47º Presidente dos EUA

Economia Brasileira
Economia Cognitiva
Economia e Política Econômica
Economia Evolucionista
Economia Humana
Economia na Era do Ciberespaço
Economista e as Finanças Públicas
Economistas Filósofos
Educação, Pobreza, Fome e o Freak
Eleição: Anular o Voto?
Eleições 2014: Influência dos Espíritos
Escola Austríaca e a Escola Neoclássica, A
Escolha: Mais é Menos
Especialização e Troca
Eternização do Estado
Evolução do Conceito de Estado: de Maquiavel a Marx

Fahrenheit 451 (Livro)
Fascismo e Comunismo
Fato e Narrativa
Fatos e Teorias
Felipe Gimenez e o PL (Projeto de Lei) 1169/2015 do Voto Impresso
Frédéric Bastiat (Livro)

Ganha-Ganha e Soma-Zero
Ganhos da Produtividade da Matemática Avançada, Os
Genealogia do Pensamento Econômico
Globalização
Grandes Economistas — Almanaque da Economia (cap.5)
Guerra, A
Guia de Introdução ao Liberalismo

Hino Nacional
Homeschooling

Ideologia e Economia
Imposto e Gestão Pública
Inovação: Aprendendo com o Fracasso
Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina

Jornal da Besta Fubana
Justiça e Distribuição de Renda

Keynesianismo

Lei, A (Livro)
Liberalismo
liberdade de Expressão
Liberdade de Expressão Versus Censura
Locke e o Governo Civil
Lógica do Cisne Negro, A

Mão Invisível
Marxismo: A Rota para o Comunismo
Mediocristão e Extremistão
Mentalidade Anticapitalista, A (Ludwig von Mises)
Meritocracia
Mises, o Indivíduo e a Ação Humana
Mitos da Democracia, Os
Multiculturalismo
Museu Memória do Jaçanã

Necessidade da Reforma Política
Necessidade e Demanda
Nossa língua “Inculta”
Norberto Bobbio e a Democracia
Nova Esquerda: Gramsci
Novilíngua (George Orwell)

On-line e Off-line
Opinião Pública
Orçamento Público
Ordem Ampliada de Hayek
Origem do Capitalismo
Origem do Termo "Maquiavélico"
Origens da Educação Obrigatória

Papel Político de Jan Hus
Paradigma
Parlamentarismo Versus Presidencialismo
Parte e o Todo
Pechincha e Barganha
Pense como um Freak: Notas sobre Alguns Capítulos
Peste Negra
Planejamento e Ordem Espontânea
Poder e Poder Político
Política
Política: Platão versus Aristóteles
Primeira Guerra Mundial e os Estados Unidos
Princípios Econômicos e Tempo
Problema da Escolha no Mundo Infinito de Opções, O
Produto Nacional
Progresso Econômico
Propriedade ante o Socialismo e o Capitalismo

Queda da Bastilha

Racionalidade e Irracionalidade Econômicas
Reforma do Ensino Médio
Rent Seeking
República de Hobbes
Resposta a alguns Comentários Críticos ao Paradigma Austríaco
Revolução: Armas ou Ideias?
Revolução dos Bichos, A (Livro de George Orwell)
Revolução Econômica
Ricos e o uso das inovações, Os
Robinson Crusoe
Roger Scruton, um Conservador, Morre aos 75 Anos

Sagrado ante as Ciências Sociais
Saiba o que é a Gripe, por Dr. Mauro Gomes
Socialismo e Capitalismo
Socialismo: Falácia do Jogo de Soma Zero
Sofismas Políticos
Sugestão e Comunicação Persuasiva

Teoria dos Sentimentos Morais
Troca

Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo: Notas do Livro

Velha Ordem e Nova Ordem
Vida de Adam Smith, A
Von Mises e sua Crítica Econômica



24 junho 2008

Economia na Era do Ciberespaço

Estima-se que, nos próximos decênios do século XXI, mais de 80% da população mundial estará conectada à rede mundial de computadores (Internet). Será uma verdadeira cidade planetária, ou seja, todos poderão se comunicar com todos em tempo real. Essa nova economia, também chamada de economia virtual, irá incrementar cada vez mais as ações dos indivíduos em todos os tipos de mercado. A informática veio para ficar. O capitalismo, também, não será suplantado tão cedo. O que nos cabe fazer? Entender a dinâmica da "globalização".

A economia sempre foi virtual. Pressupõe sempre uma perspectiva futura. A especulação, tão abominada por muitos pensadores, é um dos seus princípios. Observe que, embora possamos dizer que os especuladores ganham muito, esse ganho não é real, pois mais cedo ou mais tarde, o preço tende para um equilíbrio de mercado. Por isso, investir na bolsa não pode ser somente para ganhar dinheiro, mas para auxiliar as empresas a crescerem e gerarem lucro, para ser dividido futuramente com os seus acionistas.

Os websites nada mais são do que a oferta de ideias e conhecimentos, ideias e conhecimentos de todos os tipos possíveis, gerando muitas controvérsias, extremamente úteis para o processo de aprendizagem do ser humano. Embora gratuitos, eles podem gerar receitas. Observe a potência que está se tornando o Google, que domina 80% das buscas em toda a Internet. Recentemente, foi publicado um artigo de Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired e autor do best-seller A Cauda Longa, sobre a gratuidade nos negócios, a chamada “freeconomics”, na revista HSM Management, edição maio-junho de 2008.

Podemos combater o capitalismo e a globalização, mas não há lógica. Cabe-nos, sim, envidar muitos esforços para compreender essa dinâmica atual. A compreensão gera nova fase de conhecimentos, porque o esforço de compreensão é a aplicação de nossos recursos pessoais na criatividade, o que não acontece quando só queremos combater o que existe. As novas ideias poderão ser aceitas pelos outros e, inclusive, gerarem recompensa financeira para o autor da ideia. Basta colocar, por exemplo, o adsense — ganhe dinheiro com a exibição de anúncios no seu site, oferecido pelo Google.

Neste mundo da interconexão, os websites, os blogs, as formas de debate, as teleconferências, os grupos de discussão assemelham-se a uma cidade. Numa cidade física temos os consumidores, os produtores, o mercado, o sistema financeiro etc. Do mesmo modo é a cidade virtual, onde há mercado, com sua oferta e procura. É possível que uma ideia lançada no ciberespaço não tenha utilidade. Mas ela está lá esperando para atender a uma necessidade. Quando elas forem capazes de atender a muitas necessidades, poderão gerar divisas para o seu criador.

Por fim, a abertura do pensamento ao novo é o único capital que gerará muita divisa num futuro próximo.

Fonte de Consulta

LÉVY, Pierre. A Conexão Planetária, editado pela Editora 34.

11 junho 2008

Globalização

globalização é um processo de produção, caracterizado pelas rápidas transformações tecnológicas, sobretudo nas áreas da informática e das telecomunicações, em que se produziu um longo período de crescimento econômico baseado no aumento da produtividade. Os Estados Unidos são o carro chefe desse processo, seguido por outros países da Europa. Da observância desse fato, levanta-se a seguinte tese: a globalização é um instrumento capaz de aprofundar as desigualdades entre nações ricas e pobres e aumentar a dependência destas últimas.

O progresso é uma lei natural. Quer queiramos ou não, ele se dará em mais ou menos tempo. Observe que a revista Fortune, abrangendo as cem maiores empresas do mundo, anota que a maior parte dos investimentos destas não foi dirigida para a produção, mas para as atividades virtuais: software, reengenharia, inovação etc. Nessa mesma linha de pensamento, o The Economist informa-nos que a inovação gera mais lucro do que as meras modernizações de linhas tradicionais. Lembra ainda que a taxa média de retorno das 17 inovações de maior sucesso nos Estados Unidos, em uma década, foi de 56%, enquanto a dos demais investimentos foi de 16% nos últimos 30 anos.

Essa nova fase do capitalismo, embora revolucionária, encaixa-se nas teses de Ludvic Von Mises e de Hayek. Von Mises, por exemplo, define o capitalismo como a personificação da ação criativa, que exige inteligência gerencial, desenvolvimento do trabalho e, acima de tudo busca do conhecimento. Hayek, por outro lado, fala que de uma ordem espontânea sempre emergirá dessa instabilidade. Significa dizer que o mercado pode ser hostil, violento e sem idealismo, contudo produz eficiência e é essa eficiência que torna o capitalismo capaz de criar riquezas.

O Brasil ainda se encontra bem atrasado em relação às altas tecnologias. Apesar disso, temos alguns centros que se destacam: o IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP, realiza, em seus 72 laboratórios, mais de 3.000 ensaios, testes e análises voltados para as mudanças de rumo tanto no setor público quanto no setor privado; a EMBRAER, Empresa Brasileira de Aeronáutica, que, depois de privatizada, foi considerada a maior exportadora brasileira, em 1999. Na Pesquisa das 500 Maiores Empresas Brasileiras, publicada pela Conjuntura Econômica, ela contabiliza encomendas no valor de 21 bilhões de dólares, passando do 44.º lugar para 17.º de 1999.

O problema que nos preocupa não é tanto a disputa pelas altas tecnologias, mas o protecionismo, explícito ou implícito, praticado por esses países que se dizem liberais. Os Estados Unidos, por exemplo, colocam barreiras não-tarifárias, disfarçadas em defesa do trabalho infantil, preservação do meio ambiente, acusações de dumping, principalmente naqueles produtos que podemos competir em preço e qualidade: aço, suco de laranja calçados, têxteis etc. A Europa, por seu turno, pratica a política de subsídios às atividades agro-industriais.

É preciso que os países mais ricos dividam os ganhos da globalização com os países pobres. Caso contrário, a desigualdade aumentará indefinidamente.

Fonte de Consulta

RIBEIRO, A. V. Contradições Face à Globalização. Publicado em A Economia Brasileira e suas Perspectivas. Rio de Janeiro, 39.ª Apec, 2000.

15 outubro 2005

Desvalorização e Especulação

O dinheiro é meio de troca e não sinônimo de riqueza. Se o seu valor permanecer constante, a economia ganha com isso, pois os contratos poderão ser feitos a longo prazo, sem que haja grandes malabarismos para se prever o que acontecerá no futuro. Isso significa que produtores e consumidores podem fazer seus planejamentos sem pressa, buscando o melhor preço, e sem precisar correr para comprar aqui ou ali. Aumentando, porém, o fluxo monetário, o sistema econômico pode se desorganizar porque, aquele que começa remarcando o preço, acaba levando vantagem sobre os demais.

A desvalorização do dinheiro é feita pelo governo com o intuito de transferir poupanças privadas para os cofres públicos. Faz-se muitas vezes por ignorância e outras vezes por incompetência. Observe que as grandes guerras mundiais produziram inflação, desorganizaram o sistema de produção e deram origem ao aparecimento do especulador. O especulador surge como consequência da desvalorização e não como causa. A causa é a má administração financeira do governo.

O Brasil, em meados de janeiro de 1999, desvalorizou o real. Oficialmente em 30%, porém a oscilação do mercado fê-lo chegar aos 80%. O bode expiatório é o especulador. Mas tem ele culpa? Até certo ponto, sim; porém, se não o fizer, poderá perder a sua fatia do mercado e sucumbir. Como o primeiro impacto é um descrédito do governo, muitos são os comerciantes que estão com suas lojas paradas, esperando o que vai acontecer. Por isso, diz-se que "prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém.

Onde buscar as origens da desvalorização cambial brasileira? Observe que quando foi implantado o plano de estabilização do real, deixou-se o mercado ajustar os preços relativos através da URV. Esperava-se estancar a cultura inflacionária brasileira e começar uma nova vida, com moeda nova. Esse era o início; depois, dever-se-ia complementar com as reformas tributária, previdenciária e política. A etapa seguinte não foi feita a contento. Consequência: ficamos todo esse tempo pagando juros altos e vendo nossa dívida interna e externa aumentar desmesuradamente.

A intenção do governo foi boa, ou seja, estancar a ciranda inflacionária; a realidade, outra. É que o custo Brasil ficou alto. As reformas que não foram feitas obrigaram-nos a segurar a estabilidade do real através da âncora cambial, que a grosso modo é valorizar o real em relação ao dólar. Mas isso a um custo altíssimo, pois chega uma hora em que os capitais externos, principalmente, os especulativos já não entram com muita facilidade. Premido por todos os lados, o governo cede ao mercado, e deixa o câmbio flutuar. E deu no que deu: todos falando do dólar.

Governar em tempos de calmaria é fácil. Contudo, o valor de um governante nunca é lembrada pelas proezas da facilidade, mas reconhecida por vencer no mar alto das grandes dificuldades.