Vocabulário é reduzido ao mínimo. O mal converte-se em imbom; ótimo, em plusbom; terrível, em dupliplusimbom. Um bom falante é aquele que usa menos variedade de palavras para expressar uma ideia. O vocabulário divide-se em: 1) palavras de uso comum (comer, beber, árvore); 2) palavras construídas com fins políticos, com o objetivo de dirigir e controlar o pensamento do falante: bonsexo, bempensadamente, duplipensar; 3) composto exclusivamente de palavras científicas e técnicas, mas redefinidas de maneira que ficassem desprovidas de significados "potencialmente perigosos".
Presentemente, há os
fatos e a narrativa da mídia, dos veículos de comunicação. Em vez de se dizer
melhora, usa-se o termo "despiora". A CNN dos EUA, ao anunciar a
recomendação da Sociedade Americana do Câncer, que muda para 25 anos em vez de
21, os testes
de triagem como medida preventiva contra o câncer cervical, não usa o termo "mulher", mas "indivíduos com colo de
útero". Há outros veículos que preferem o termo: "indivíduos com
vagina".
Pelo que estamos observando, esse romance deixou marcas profundas na
narrativa dos fatos. O uso desses termos dificultam a percepção, instrumento
essencial para a captação da realidade. Pensam com isso demolir a inteligência.
Seria mais ou menos assim: você não precisa pensar, nós pensamos por você.
A coibição do pensamento crítico é também encontrada no romance Admirável Mundo Novo (Brave New World) de
Aldous Huxley, escrito em 1931 e publicado em 1932, e no romance Fahrenheit 451 de Ray
Douglas Bradbury, em que bombeiros queimam livros, lançado em 1953 e
filmado em 1966 por François Truffaut.
A frase "2 + 2 = 5"
Em 1984,
o Partido totalitário que governa a Oceania impõe uma realidade artificial,
na qual a verdade é aquilo que o Partido diz que é, independentemente
dos fatos ou da lógica. A frase “2 + 2 = 5” aparece quando o
protagonista, Winston Smith, é torturado e “reeducado” pelo oficial O’Brien
no Ministério do Amor.
Durante o
interrogatório, O’Brien exige que Winston aceite o absurdo como
verdadeiro, mostrando que o Partido tem o poder não apenas sobre o
comportamento, mas também sobre a própria mente e percepção da realidade.
Quando Winston resiste e diz que 2 + 2 = 4, O’Brien o tortura até que
ele finalmente acredite sinceramente que 2 + 2 pode ser 5 — se o Partido
assim disser.
Significado
simbólico
“2 + 2 =
5” representa:
O
controle total da verdade pelo Estado — a ideia de que não há realidade objetiva fora do
que o Partido decreta.
A
destruição da razão e do pensamento individual — o cidadão deve negar a lógica
e a evidência dos sentidos para se alinhar ao poder.
A
submissão psicológica absoluta — Winston só é “curado” quando acredita
sinceramente no absurdo.
Origem
histórica
Curiosamente,
a expressão “2 + 2 = 5” já tinha sido usada antes de Orwell, por
exemplo na União Soviética dos anos 1930, como slogan propagandístico:
“2 + 2 = 5” significava que o plano quinquenal seria cumprido em quatro anos
— ou seja, a vontade política poderia “dobrar” a realidade. Orwell, crítico do
totalitarismo soviético e do controle ideológico, reapropria a frase
para mostrar o perigo extremo desse tipo de manipulação.
Em resumo
“2 + 2 =
5” em 1984
simboliza o triunfo da ideologia sobre a verdade, a submissão da razão ao poder
e a destruição da liberdade de pensamento. (ChatGPT)

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