Estamos há muito tempo lendo, vendo e
ouvindo a respeito das condenações e prisões de empresários e políticos por
causa da corrupção endêmica que assolou o nosso país. A notícia que mais
circula recentemente é sobre a prisão e a candidatura do ex-presidente Lula. A
cada dia um novo pretexto para que ele não vá preso. Além disso, continua
fazendo campanha para presidência da República.
Vejamos o exemplo de Sócrates e
verifiquemos quão longe estamos de adotar atitudes éticas na vida privada e
política.
Como sabemos, o julgamento à morte foi
essencialmente de natureza política. Os jovens que conviviam com Sócrates
seriam políticos em Atenas, como Crítias e Alcibíades. Não dizia respeito
apenas aos indivíduos, mas tinha projeção sobre a democracia em Atenas. Possivelmente,
os detentores do poder temiam que esses jovens se insurgissem contra o status quo vigente.
O fato que gostaríamos de destacar:
Uma vez julgado e condenado, preferiu
morrer a fugir da prisão.
Justificou esta atitude por amor à justiça
e à coerência de suas ideias. Dizia que por mais injustas que sejam as leis
devemos obedecê-las, para não incitar outros a desobedecê-las. Nos últimos
instantes de sua vida disse: “Mas é chegada a hora de partir: eu para a morte e
vós para a vida. Quem de nós se encontra para o melhor destino, todos nós
ignoramos, exceto o deus”. Somente Deus conhece a verdade.
Sócrates tinha possibilidade de fuga, mas
preferiu ser fiel ao seu modo de pensar, pois defendia que o bom cidadão
deveria obedecer até às más leis somente pelo intuito de não estimular os maus
a desobedecer as boas.
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