Uma marca reveladora de como
se entende mal o princípio ordenador do mercado é a ideia de que “a cooperação
é melhor que a competição”.
Friedrich A. Hayek (1899-1992),
pesquisador e professor de economia e estatística, escreveu “Os Erros Fatais do
Socialismo”. Defende a tese de que a nossa civilização é dependente da ORDEM
AMPLIADA DA COOPERAÇÃO HUMANA, ordem esta que recebeu indevidamente o nome de
capitalismo. Afirma, também, que essa ordem ampliada nasceu espontaneamente no
relacionamento entre os seres humanos. Para ele, o capitalismo precisa ser
conservado porque consegue utilizar de modo mais eficaz todo o conhecimento
disperso.
Qual o erro que Hayek aponta? O controle
coletivo pela autoridade central dos recursos disponíveis. Acha que a falta de
competitividade leva as pessoas e os países à estagnação. Desde a antiguidade,
aprendemos a utilidade dos opostos. Quando todos estão de acordo, ninguém pensa.
Ao longo do livro, enumera
algumas falhas da interação econômica e social. Exemplo: o individualismo
primitivo descrito por Thomas Hobbes é um mito; jamais houve uma “guerra de
todos contra todos”. Outro exemplo: onde não houver propriedade não haverá justiça.
Em vez de propriedade
privada, Hayek prefere usar “propriedade separada” (several
property) que é a expressão mais precisa de H. S. Maine para aquilo que
geralmente se define como propriedade privada. “Several” significa tanto
“separado” quanto “vários, diferentes”. Quer enfatizar que o que é relevante
não é a propriedade privada, mas que é plural e separada, isto é, dividida
entre vários proprietários separados, que competem entre si para usá-la da
melhor maneira possível. (N. do T.)
Fonte de Consulta
HAYEK, Friedrich A. von. Os Erros
Fatais do Socialismo: Por que a Teoria não Funciona na Prática. Tradução
Eduardo Levy. São Paulo: Faro Editorial, 2017.
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