O chamado teatro
das tesouras representa o rodízio de poder entre grupos ou partidos
que, embora se apresentem como rivais, partilham os mesmos vícios estruturais:
clientelismo, fisiologismo e uso da máquina pública em benefício próprio.
Exemplo marcante desse mecanismo foi a alternância entre PT e PSDB.
Esse modelo de atuação se consolidou ao longo do
tempo, dando origem ao que muitos chamam de “sistema”. Quem ousa enfrentá-lo costuma ser alvo de
inquéritos, campanhas de difamação ou até mesmo punições desproporcionais, como
prisões motivadas por opinião.
Para transformar esse status quo, é preciso aperfeiçoar nosso olhar sobre a política.
Isso significa: separar discurso de prática; distinguir política (voltada ao bem comum) de politicagem (orientada a interesses
pessoais); escapar da armadilha da polarização promovida pela “aliança das
tesouras”; investigar a origem e o destino do financiamento de campanhas,
sempre “seguindo o dinheiro”.
Nesse sentido, é útil compreender as diferenças
entre o estadista e o politiqueiro.
O estadista:
pensa em longo prazo; assume responsabilidades ao tomar decisões; respeita a
lei; educa e esclarece a população; busca elevar o nível de consciência do
povo.
Já o politiqueiro: enxerga apenas o curto prazo; busca agradar para manter aprovação; concentra o poder em torno de seu personalismo; manipula as massas com promessas fáceis; oferece “soluções mágicas” e benesses insustentáveis para garantir apoio.
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