23 setembro 2025

Teatro das Tesouras: Como Raciocinar Bem em Política

O chamado teatro das tesouras representa o rodízio de poder entre grupos ou partidos que, embora se apresentem como rivais, partilham os mesmos vícios estruturais: clientelismo, fisiologismo e uso da máquina pública em benefício próprio. Exemplo marcante desse mecanismo foi a alternância entre PT e PSDB.

Esse modelo de atuação se consolidou ao longo do tempo, dando origem ao que muitos chamam de “sistema”. Quem ousa enfrentá-lo costuma ser alvo de inquéritos, campanhas de difamação ou até mesmo punições desproporcionais, como prisões motivadas por opinião.

Para transformar esse status quo, é preciso aperfeiçoar nosso olhar sobre a política. Isso significa: separar discurso de prática; distinguir política (voltada ao bem comum) de politicagem (orientada a interesses pessoais); escapar da armadilha da polarização promovida pela “aliança das tesouras”; investigar a origem e o destino do financiamento de campanhas, sempre “seguindo o dinheiro”.

Nesse sentido, é útil compreender as diferenças entre o estadista e o politiqueiro.

O estadista: pensa em longo prazo; assume responsabilidades ao tomar decisões; respeita a lei; educa e esclarece a população; busca elevar o nível de consciência do povo.

Já o politiqueiro: enxerga apenas o curto prazo; busca agradar para manter aprovação; concentra o poder em torno de seu personalismo; manipula as massas com promessas fáceis; oferece “soluções mágicas” e benesses insustentáveis para garantir apoio. 

 

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