Robinson Crusoe é o título de
um romance escrito por Daniel Defoe e publicado em 1719. Robinson Crusoe é um jovem inglês que decide se aventurar
pelo mar contra a vontade de seus pais. Após várias viagens e infortúnios, ele
acaba naufragando e
ficando preso em uma ilha deserta por 28 anos. O
romance mistura aventura, religiosidade e
reflexão moral.
Durante esse tempo,
ele: 1) aprende a sobreviver, cultivando plantas, caçando e criando animais; 2)
constrói uma cabana e fabrica ferramentas rudimentares; 3) desenvolve uma vida
de isolamento, onde a religião e a reflexão têm grande importância; 4)
encontra um nativo, a quem chama de Sexta-Feira, com quem estabelece amizade e companheirismo.
Os principais temas deste
livro são: individualismo e autossuficiência, religião e Providência Divina, colonialismo
e eurocentrismo, natureza e cultura e economia e trabalho. O dinheiro e a
riqueza, neste romance, têm um papel simbólico muito forte. Daniel Defoe usa
esses elementos para refletir sobre o valor real do trabalho e da propriedade. Vejamos.
O dinheiro na obra. Antes
do naufrágio, Crusoe busca aventuras e comércio marítimo como forma de
enriquecer. Na ilha, percebe que o dinheiro é inútil em
sua situação: não serve para caçar, comer ou se proteger. Descobre que o trabalho produtivo é o que realmente importa: plantar, construir, caçar e preservar
alimentos.
A riqueza. A verdadeira
riqueza de Crusoe é sua capacidade de transformar a natureza e de se adaptar. Crusoe trata a ilha como sua propriedade privada,
quase como um senhor feudal. Ele organiza terras, animais, plantações, e quando
Sexta-Feira aparece, assume um papel de senhor/proprietário. Sugere que a
riqueza verdadeira está na redenção religiosa.
Em síntese, na obra há uma crítica
implícita, ou seja, a obsessão pelo ouro é um valor artificial,
que só existe dentro da sociedade. Por outro lado, Crusoe lê a Bíblia, arrepende-se
e vê sua sobrevivência como obra da providência divina.