15 setembro 2025

Robinson Crusoe

Robinson Crusoe é o título de um romance escrito por Daniel Defoe e publicado em 1719. Robinson Crusoe é um jovem inglês que decide se aventurar pelo mar contra a vontade de seus pais. Após várias viagens e infortúnios, ele acaba naufragando e ficando preso em uma ilha deserta por 28 anos. O romance mistura aventura, religiosidade e reflexão moral.

Durante esse tempo, ele: 1) aprende a sobreviver, cultivando plantas, caçando e criando animais; 2) constrói uma cabana e fabrica ferramentas rudimentares; 3) desenvolve uma vida de isolamento, onde a religião e a reflexão têm grande importância; 4) encontra um nativo, a quem chama de Sexta-Feira, com quem estabelece amizade e companheirismo.

Os principais temas deste livro são: individualismo e autossuficiência, religião e Providência Divina, colonialismo e eurocentrismo, natureza e cultura e economia e trabalho. O dinheiro e a riqueza, neste romance, têm um papel simbólico muito forte. Daniel Defoe usa esses elementos para refletir sobre o valor real do trabalho e da propriedade. Vejamos.

O dinheiro na obra. Antes do naufrágio, Crusoe busca aventuras e comércio marítimo como forma de enriquecer. Na ilha, percebe que o dinheiro é inútil em sua situação: não serve para caçar, comer ou se proteger. Descobre que o trabalho produtivo é o que realmente importa: plantar, construir, caçar e preservar alimentos.

A riqueza. A verdadeira riqueza de Crusoe é sua capacidade de transformar a natureza e de se adaptar. Crusoe trata a ilha como sua propriedade privada, quase como um senhor feudal. Ele organiza terras, animais, plantações, e quando Sexta-Feira aparece, assume um papel de senhor/proprietário. Sugere que a riqueza verdadeira está na redenção religiosa.

Em síntese, na obra há uma crítica implícita, ou seja, a obsessão pelo ouro é um valor artificial, que só existe dentro da sociedade. Por outro lado, Crusoe lê a Bíblia, arrepende-se e vê sua sobrevivência como obra da providência divina.

Charlie Kirk

Charlie Kirk, conhecido mundialmente pelos seus debates nas universidades americanas e pela fundação do movimento político Turning Point USA, foi assassinado no dia 10 de setembro de 2025, durante uma palestra em uma universidade americana. Depois do trágico acontecimento, muitos adeptos da esquerda começaram a postar textos e vídeos apoiando tal procedimento.

Os Estados Unidos da América está passando por choques constantes: guerras, instabilidade econômica, contestações nas eleições. O destaque, porém, recaiu sobre uma única pessoa, Charlie Kirk, que promovia a livre exposição de pontos de vistas, tal como os gregos antigos, que primavam pela argumentação, em que teses contrárias eram confrontadas. 

Kirk — “influencer político” dos Estados Unidos —, com 31 anos, era casado, deixando esposa e duas filhas. Sua especialidade: debates e diálogos em universidades, no sentido de valorizar a persuasão e discussão de ideias. Como esse tipo de atuação foi esquecido pela esquerda, o que resta a esta última é a força da arma, lembrando que teoricamente são contra as armas, mas podem usá-las tranquilamente para eliminar os seus adversários políticos.

Qual era o desejo de Kirk? Discutir com aqueles com os quais discordava. A morte trágica de um indivíduo, que se dizia cristão e defendia a formação de família, ecoou no mundo. Sua esposa, Erica Kirk, em seu pronunciamento, depois de sua  morte, disse: "Não vou deixar o legado dele morrer". Quer dizer, mataram a pessoa, mas não as suas ideias. Tanto é que no mundo todo, muitas pessoas foram às ruas para reverenciar a morte dele. 

O fato perturbador é que 40% dos estudantes universitários acreditam que a violência pode ser uma resposta justificável ao discurso, incluindo a morte. Além disso, a ideia-força do “discurso de ódio”, tem estimulado ainda mais esse tipo de comportamento, precisamente para aquelas mentes menos avisadas, não afeitas a uma reflexão lógica sobre a vida e o seu proceder.  

14 setembro 2025

Corrupção e os Cinco Efeitos Devastadores

A corrupção produz, para além do que é intuitivo para todos nós, cinco efeitos devastadores:

1) Transforma o Estado e as suas funções em coisas no mercado, não apenas por meio da captura de governos — no sentido transitório que os regimes democráticos lhes atribuem —, mas também para se apropriar da burocracia de Estado perene — ou seja, a corrupção tem a tendência de se institucionalizar.

2) Desnatura as demais instituições — depois que a corrupção se institucionaliza —, para as submeter aos fins próprios da corrupção. Ao se observar o exercício dos poderes do Estado, sob a ação da corrupção, o que se vê é que o Executivo administra a serviço dos corruptores, o Legislativo vende leis e o Judiciário, sentenças.

3) Usurpa, ao se apropriar do Estado, a energia vital dos trabalhadores, que se transmuda, sob a organização das empresas, em produtos e serviços nos mercados, para produzir riquezas que fluem, mais e mais, para o Estado, por meio dos impostos, a pretexto de pavimentar a civilização e o bem-estar social, e do Estado para o capital, para salvaguardar a sua capacidade de autogeração.

4) Falseia a concorrência entre os agentes econômicos, para incrementar o poder de mercado de uns — os que da corrupção se beneficiam — em detrimento de outros, até o seu expurgo dos mercados, para vitimizar os consumidores ao expropriar parte de sua renda, por meio da determinação, do domínio do preço de produtos e de serviços nos mercados.

5) É obstáculo ao desenvolvimento das nações, promove a pobreza e afronta a dignidade das pessoas.

Fonte de Consulta

WARDE, Walfrido. O Espetáculo da Corrupção: Como um Sistema Corrupto e o Modo de Combatê-lo estão Destruindo o País (Cópia do Capítulo que trata da "Corrupção em pílula").