"Uma sociedade
que põe a igualdade à frente da liberdade não terá nenhuma das duas. Uma
sociedade que põe a liberdade à frente da igualdade terá um grau elevado de
ambas.” (Milton Friedman)
A desigualdade não
é dos nossos dias. No processo histórico, ela pode se apresentar mais ou menos
acentuada. Observe a Inglaterra na época da Revolução Industrial: havia
industriais extremamente ricos ao lado de famílias trabalhadoras que eram
forçadas a trabalhar em fábricas ou minas, e morando em casas pouco confortáveis.
O capitalismo é
um sistema que recompensa o esforço e o empreendedorismo dos indivíduos,
gerando desigualdades. O problema é o tamanho da desigualdade. Nos EUA, os 10%
mais ricos têm renda 16 vezes maior que os 10% mais pobres; no México, a
diferença é bem maior, ou seja, 25 vezes. Nos países nórdicos como Dinamarca,
Suécia e Finlândia, a lacuna é bem menor: 5 vezes. Na comparação entre países,
os mais pobres do Reino Unido e dos EUA são incomparavelmente mais ricos e
saudáveis do que os moradores da África subsaariana.
Os benefícios da
desigualdade. “Alguns economistas afirmam que como por natureza as pessoas são
diferentes em termos de hábitos e capacidades, é inevitável haver certa
desigualdade em uma economia importante. Com efeito, aqueles que defendem o
livre mercado dizem que as tentativas de redistribuir a riqueza têm
consequências inesperadas e perversas. Impostos mais elevados podem levar os
membros mais produtivos da sociedade a sair do país, ou desestimulá-los de
trabalhar mais, o que, por sua vez, reduz a quantidade de riqueza gerada pela
sociedade”.
Não há provas claras
de que, como um todo, um elevado nível de desigualdade impeça um país de ficar
mais rico com o tempo. A principal preocupação é a inquietude social. "Um
estudo mostrou que atores de Hollywood que ganharam um prêmio da Academia
viveram, em média, quatro anos mais do que seus colegas sem o prêmio, e aqueles
que ganharam dois Oscar viveram seis anos mais".
Fonte de Consulta
CONWAY, Edmund. 50 Ideias de Economia que
você Precisa Conhecer. Tradução Marcello Borges. São Paulo: Planeta, 2015.
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