Economistas,
jornalistas e muitos pensadores discorrem sobre as vantagens da destruição.
Acham que a guerra é melhor que a paz. O mundo se torna próspero depois de uma
guerra, graças a uma enorme demanda “acumulada” ou “insatisfeita”.
Confundem necessidade com demanda.
Quanto mais a guerra
destrói, mais pobres ficam as pessoas. Logicamente, depois de uma guerra a
necessidade aumenta assustadoramente. Necessidade não é demanda. Para que a
demanda se concretize, as pessoas precisam ter poder aquisitivo.
Pensar no poder
aquisitivo, apenas como moeda, não é muito racional. Observe que conforme a
quantidade de moeda aumenta, há, em contrapartida, um aumento nos preços das
mercadorias.
A Alemanha
recuperou-se rapidamente depois da guerra. Isto não significa que a destruição
de propriedades é uma vantagem para a pessoa cuja propriedade foi destruída.
Ninguém queima sua própria casa pensando que a necessidade de reconstruí-la
estimulará suas energias.
Uma grande falácia é
pensar em termos de abstração — a coletividade, a nação — e esquecer as pessoas
que a criam. Será que as pessoas cuja propriedade foi destruída pela guerra
também pensam que a guerra é uma vantagem econômica?
Demanda e oferta são
as duas faces de uma mesma moeda. Oferta cria demanda porque, no fundo, é
demanda. O dinheiro que o alfaiate ganha vendendo seus ternos é demanda para os
alimentos que irão saciar a sua fome.
Em outras palavras,
nunca é vantagem ter fábricas destruídas, a não ser que elas já estivessem
obsoletas.
Fonte de Consulta
HAZLITT, Henry. Economia
Numa Única Lição. Tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho. São Paulo:
Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.
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