Política econômica é a aplicação
dos princípios da economia. Os princípios da economia estão
relacionados com aquilo que desejamos (fins), como consegui-los (meios) e o que
somos "nós" ante a natureza e a organização social. Sua finalidade é
a obtenção de um "optimum".
Os grandes princípios
da verdade são sempre os mesmos. Observe os ensinamentos dos grandes mestres do
passado, como Sócrates e Platão, principalmente com a autoconsciência do ser.
Os princípios econômicos que Ludwig von Mises defendeu, durante a década de
1920, têm resistido ao tempo, e são válidos hoje como foram no passado.
Hoje, a maioria dos
cientistas sociais é tão ignorante quanto foram seus colegas em 1920. São
estatistas, pois defendem a atuação plena do governo para atingir o bem-estar
social. Hans F. Sennholz diz: "Independentemente do que os
economistas modernos tenham escrito sobre a validade geral das leis econômicas,
os estatistas preferem seus julgamentos éticos aos princípios da economia, e o
poder político à cooperação voluntária. Estão convencidos de que, sem o
controle e as leis do governo, sem um planejamento e uma autoridade centrais, a
vida econômica seria selvagem e caótica".
Ludwig von Mises, na coletânea de ensaios [1)
Intervencionismo; 2 A Economia de Mercado Controlada; 3) Liberalismo Social; 4)
Antimarxismo; 5) Teoria do Controle de Preços; 6) Nacionalização do Crédito],
de seu livro "Uma Crítica ao Intervencionismo", enfatiza que a
sociedade deve fazer uma escolha entre propriedade privada dos meios de
produção, ou estabelecer um sistema de controle no qual o governo possui
ou administra toda produção e distribuição. Não há o terceiro sistema
lógico em que uma ordem de propriedade privada estaria sujeita à direção do
governo. Qualquer sistema intermediário em que todas as leis e todo o controle
provêm do estado, não é justificável, pois conduz ao socialismo.
Paul A. Samuelson, renomado economista americano,
em seu Economics, livro texto de milhares de estudantes, defende a
economia mista, sem ouvir o contraditório dos conservadores. Dedica pouco
espaço ao "Libertarismo da Escola de Chicago", do qual são
partidários pensadores como Frank Knight, Henry C. Simons, Friedrich Hayek
e Milton Friedman. Com Milton Friedman faz piada: “Se Milton Friedman
nunca tivesse existido, teria de ser inventado”. Com Marx, repetindo
Engels: “Marx foi um gênio... nós somos, na melhor das hipóteses,
talentosos”.
Os teóricos da política econômica, os estadistas e
líderes partidários, na sua maioria, estão procurando um sistema ideal que não
deva ser nem capitalista nem socialistas e que não se baseie na propriedade
privada dos meios de produção, nem na propriedade pública. "Estão
procurando um sistema de propriedade que seja contido, regulado e dirigido pela
intervenção governamental e por outras forças sociais, tais como os sindicatos.
Denominamos tal política econômica de intervencionismo, que
vem a ser o próprio sistema de mercado controlado."
Fonte de Consulta
MISES, Ludwig von. Uma Crítica ao
Intervencionismo. Tradução de Arlette Franco. São Paulo: Instituto
Ludwig von Mises, 2010. (Introdução e Prefácio)