21 outubro 2020

A Eternização do Estado

Tese: o problema da classe dominante é manter o seu domínio. 

Para que o estado se mantenha ao longo do tempo — embora possa usar a força — o caminho é ideológico; por isso, seus representantes esforçam-se para ter o apoio da maioria de seus súditos. A casta dominante tem que ser minoritária. Esta tem a incumbência de assegurar a aceitação ativa ou resignada dos cidadãos. Aos “intelectuais” cabe a tarefa da promoção desta ideologia.

Por que o intelectual prefere o estado? É que os seus serviços na iniciativa privada não são sempre garantidos, pois pode haver pouco interesse de os cidadãos bancarem as suas funções. O estado, por sua vez, pode oferecer, além do prestígio, um rendimento certo. Assim, os intelectuais são os executores das políticas do estado. Há, no processo histórico, vários exemplos da aliança entre o estado e os intelectuais.

As linhas de argumentos, em que intelectuais ajudam o governo a induzir os seus súditos a apoiar o seu domínio, podem ser resumidas: 1) os governantes estatais são homens sábios e grandiosos (governam por "decreto divino", são a "aristocracia" dos homens, são "cientistas especialistas"), muito melhores e mais sábios do que os seus bons, porém simplórios, súditos; 2) a subjugação pelo governo é inevitável, absolutamente necessária e de longe melhor do que os males indescritíveis que sucederiam à sua queda.

A instauração do medo por um sistema alternativo foi outro mecanismo bem sucedido para manter o poder. A narrativa dos governantes atuais é que este governo fornece aos cidadãos um serviço essencial: protege-os contra assassinos. No Brasil, vimos o engodo com o programa bolsa-família: se outro partido assumir o poder, ele irá acabar com essa assistência.  

Há muitas armas ideológicas usadas pelo estado: tradição, exaltação da coletividade ["Dê ouvido apenas aos seus irmãos" ou "Aja conforme a sociedade"], faça parecer que o seu domínio é inevitável, indução de culpa [qualquer aumento do bem-estar privado pode ser atacado como "ganância inaceitável", "materialismo" ou "riqueza excessiva"].

"O aumento do uso de jargões científicos permitiu aos intelectuais do estado tecer justificativas obscurantistas para o domínio estatal as quais teriam sido imediatamente recebidas com zombaria e escárnio pela população de uma época mais simples. Um assaltante que justificasse o seu roubo dizendo que na verdade ajudou as suas vítimas, pois o gasto que fez do dinheiro trouxe um estímulo ao comércio, teria convencido pouca gente; mas quando esta teoria se veste com equações keynesianas e referências impressivas ao "efeito multiplicador", ela infelizmente é recebida com maior respeito. E assim prossegue o ataque ao bom senso, em cada época realizado de maneira diferente".

Fonte de Consulta

ROTHBARD, Murray N. A Anatomia do Estado. Mises Brasil, 2009.

 


20 outubro 2020

Necessidade e Demanda

Economistas, jornalistas e muitos pensadores discorrem sobre as vantagens da destruição. Acham que a guerra é melhor que a paz. O mundo se torna próspero depois de uma guerra, graças a uma enorme demanda “acumulada” ou “insatisfeita”. Confundem necessidade com demanda.

Quanto mais a guerra destrói, mais pobres ficam as pessoas. Logicamente, depois de uma guerra a necessidade aumenta assustadoramente. Necessidade não é demanda. Para que a demanda se concretize, as pessoas precisam ter poder aquisitivo.

Pensar no poder aquisitivo, apenas como moeda, não é muito racional. Observe que conforme a quantidade de moeda aumenta, há, em contrapartida, um aumento nos preços das mercadorias.

A Alemanha recuperou-se rapidamente depois da guerra. Isto não significa que a destruição de propriedades é uma vantagem para a pessoa cuja propriedade foi destruída. Ninguém queima sua própria casa pensando que a necessidade de reconstruí-la estimulará suas energias.

Uma grande falácia é pensar em termos de abstração — a coletividade, a nação — e esquecer as pessoas que a criam. Será que as pessoas cuja propriedade foi destruída pela guerra também pensam que a guerra é uma vantagem econômica?

Demanda e oferta são as duas faces de uma mesma moeda. Oferta cria demanda porque, no fundo, é demanda. O dinheiro que o alfaiate ganha vendendo seus ternos é demanda para os alimentos que irão saciar a sua fome. 

Em outras palavras, nunca é vantagem ter fábricas destruídas, a não ser que elas já estivessem obsoletas.  

Fonte de Consulta

HAZLITT, Henry. Economia Numa Única Lição. Tradução de Leônidas Gontijo de Carvalho. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.

 


19 outubro 2020

Keynesianismo

“Na verdade, somos todos keynesianos agora. Uma parcela bastante significativa daquilo que os macroeconomistas modernos fazem deriva diretamente de Teoria geral; a estrutura introduzida por Keynes sustenta-se muito bem até hoje.” (Paul Krugman, economista norte-americano)

Tese: política fiscal (tributação e gastos governamentais) deve ser usada como ferramenta de controle de uma economia.

John Maynard Keynes (1883-1946) foi um economista inglês, considerado o precursor da economia moderna "a macroeconomia". Na Primeira Guerra Mundial, foi conselheiro do Ministro das Finanças do Reino Unido, mas seu nome se consagrou mesmo depois da guerra. Com certa antevisão, advertiu que os termos duros do Tratado de Versalhes poderiam levar a Alemanha à hiperinflação, com o potencial para outra grande guerra. A história, como se viu, confirmou seus temores.

A Grande Depressão, um divisor de águas. Antes de Keynes, os economistas clássicos, baseados na Lei de Say — a oferta cria a sua própria demanda* —, advogavam o pleno emprego automático da economia. Keynes, na sua General Theory of Employment, Interest and Money (Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro), como uma resposta à Grande Depressão, desenvolveu novos instrumentos de análise e argumentou que o sistema econômico podia manter-se em equilíbrio não só enquanto os recursos estivessem subempregados, mas também quando plenamente empregados.

Segundo o antigo conselheiro presidencial Alan Blinder, o Keynesianismo tem seis princípios fundamentais:

1. Os Keynesianos acreditam que o desempenho de uma economia é influenciado tanto por decisões públicas quanto privadas, e que às vezes se comporta de forma errática.

2. O curto prazo é importante; às vezes, até mais do que o longo prazo. Um aumento do desemprego a curto prazo pode causar ainda mais danos a longo prazo, pois deixa uma marca permanente na economia de um país. Como diz uma frase famosa de Keynes, “A longo prazo, estaremos mortos”.

3. Os preços e, em particular, os salários, respondem lentamente a mudanças na oferta e demanda, o que, por sua vez, significa que o desemprego frequentemente está mais alto ou mais baixo do que deveria segundo a força da economia.

4. Com frequência, o desemprego fica demasiadamente alto e volátil, enquanto recessões e depressões são males econômicos — e não, como quer a mão invisível, respostas eficazes do mercado a oportunidades pouco atraentes.

5. O ciclo natural de altos e baixos da economia é um problema que os governos devem tentar estabilizar de forma ativa.

6. Os Keynesianos tendem a se preocupar mais com o combate ao desemprego do que com o controle da inflação.

Fonte de Consulta

CONWAY, Edmund. 50 Ideias de Economia que você Precisa Conhecer. Tradução Marcello Borges. São Paulo: Planeta, 2015.

*A Lei de Say é irrefutável e, sozinha, destrói todo o arcabouço keynesiano

Apenas quem desvirtua seu significado pode alegar que ela é errada

Poucos conceitos são tão distorcidos e mal compreendidos quanto a chamada Lei de Say. Em parte, isso foi obra de John Maynard Keynes, que precisava acabar com ela para abrir espaço para suas políticas intervencionistas. Keynes precisava mostrar que a Lei de Say era falsa porque todo o seu tratado econômico foi construído tendo por base este pilar (o de que Say estava errado).

E como você refuta uma "lei" que sempre havia sido central para os economistas entenderem e explicarem a economia de mercado nos últimos 150 anos? Simples. Você a distorce, cria um espantalho e então bate com gosto neste espantalho. Afinal, bater em espantalhos é muito mais fácil do que refutar a tese verdadeira.

Consequentemente, a "Lei da Say" passou a ser conhecida, segundo os próprios termos criados por Keynes, como uma teoria que diz que "a oferta cria sua própria demanda", o que obviamente é uma descaracterização.

A verdadeira Lei de Say

Originalmente, o significado era outro. Até mesmo o nome era outro. Economistas anteriores a Keynes se referiam a ela como a 'Lei dos Mercados', pois ela descrevia em termos muito simples os fundamentos de como um mercado funciona. Jean-Baptiste Say foi aquele que expressou e explicou a lei da maneira mais simples e direta, o que pode explicar por que ela passou a ter o seu nome.

Say observou que o valor dos bens e serviços que qualquer indivíduo pode comprar é igual ao valor de mercado daquilo que esse indivíduo pode ofertar. Segundo o próprio: "Dado que cada um de nós só pode comprar a produção de terceiros com nossa própria produção, e dado que o valor do que podemos comprar é igual ao valor do que podemos produzir, então quanto mais o homem pode produzir mais ele pode comprar".

Em outras palavras, a produção precede o consumo, e a demanda de um indivíduo só pode ser satisfeita se este indivíduo também ofertar algo a alguém.

A Lei dos Mercados, portanto, diz que o valor dos bens e serviços que qualquer indivíduo pode comprar é igual ao valor de mercado daquilo que ele pode ofertar. Ou, em um sentido macroeconômico agregado, o valor dos bens e serviços que qualquer grupo de pessoas pode comprar no agregado é igual ao valor de mercado daquilo que eles podem ofertar no agregado.

Say, em suma, simplesmente expressou a realidade de que nós produzimos (trabalhamos) para poder consumir.

Fonte de Consulta

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2721


Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo: Notas do Livro

O livro, Uma teoria do socialismo e do capitalismo, de Hans-Hermann Hoppe, trata: 1) propriedade, contrato e agressão; 2) socialismo ao estilo russo, socialismo ao estilo socialdemocrata, socialismo do conservadorismo, socialismo de engenharia social e fundamentos sócio-psicológicos do socialismo 3) justificativa ética do socialismo e os problemas do monopólio e dos bens públicos. 

Stephan Kinsella, no prefácio, diz que este livro é uma obra tão rica que exige uma leitura cuidadosa e uma releitura periódica. Aproveita e cita um trecho da resenha sobre o livro, do professor Robert McGee: “Quando eu leio um livro, faço anotações nas margens e sublinho os pontos que acho que merecem ser relidos. Com esse livro, eu tive que me controlar porque eu estava fazendo tantas anotações que tornavam a minha leitura mais lenta. Quase todo parágrafo tem pelo menos um ponto que merece reflexão”.

O capítulo 2 “Propriedade, Contrato, Agressão, Capitalismo e Socialismo” é de fundamental importância para o conhecimento da economia. Eis um trecho: “Depois do conceito de ação, propriedade é a categoria conceitual mais fundamental dentro das ciências sociais. Na verdade, todos os outros conceitos a serem apresentados neste capítulo — agressão, contrato, capitalismo e socialismo — são definíveis de acordo com a propriedade: agressão sendo agressão contra a propriedade, contrato sendo um relacionamento não-agressivo entre proprietários, socialismo sendo uma política institucionalizada de agressão contra a propriedade, e o capitalismo sendo uma política institucionalizada de reconhecimento da propriedade e do contratualismo”.

Com argumentos capitalistas sólidos, o autor refuta todas as teses socialistas. Quais são, assim, os pontos fracos do socialismo? O socialismo russo, caracterizado pela socialização dos meios de produção, promovia desperdício econômico, pois dificultava a formação de preços dos fatores de produção. O socialismo socialdemocracia e o socialismo conservador resultam em aumento de custos de produção, que favorece relativamente os não-produtores e os não-contratantes em detrimento dos produtores e dos contratantes de bens, produtos e serviços. 

Todos os problemas abordados, tais como, o valor moral da ação humana, o monopólio e os bens públicos são exaustivamente analisados mostrando sempre a supremacia do capitalismo, pois somente este regime faculta a livre formação de preços na economia.  

Fonte de Consulta

HOPPE, Hans-Hermann. Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo. Tradução de Bruno Garschagen. 2.ª, São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2013.

 


15 outubro 2020

Escolha: Mais é Menos

“A escolha é o que nos distingue da economia planificada”. 

Hoje, há uma infinidade de produtos à espera de nossa escolha. Quando se fala de televisão, diz-se que há 1000 canais para ninguém ver. Suponha uma pessoa que esteja reformando a sua casa e tenha que escolher azulejos, cerâmicas, granito, mármore, etc. As inúmeras opções deixam a pessoa confusa na hora de decidir o produto ideal para o seu gosto.

Observemos as opções oferecidas em vários segmentos da sociedade. Na livraria virtual Amazon, há 2 milhões de títulos disponíveis. Num Supermercado pode haver mais de 50 tipos de iogurte. Quanto ao vinho, nem se fale. Em se tratando de férias, há mais de 5 mil destinos diferentes. Acrescentemos: roupas, calçada, tênis, produtos de limpeza etc. A isso denominamos paradoxo da escolha.

De acordo com o psicólogo americano Barry Schwartz, em seu livro O paradoxo da escolha, há três razões por que isso acontece:

Primeira — ter muita opção leva a uma paralisia interior. Um supermercado ofereceu 30 tipos de doces para serem saboreados e comprados com desconto; no outro dia, apenas 6 tipos. Resultado: vendeu bem mais na segunda opção. A oferta sendo ampla, o cliente não consegue decidir e acaba não comprando nada.

Segunda — ter muita opção leva a decisões piores.

Terceira — ter muita opção leva à insatisfação. Como ter certeza de ter feito a melhor escolha entre duzentos itens?

Solução: primeiro, ponhamos nossas prioridades no papel. Somente depois, analisemos as ofertas existentes.

Fonte de Consulta

DOBELLI, Rolf. A Arte de Pensar Claramente [Recurso Eletrônico] : Como Evitar as Armadilhas do Pensamento e Tomar Decisões de Forma mais Eficaz. Tradução KarinaJanini. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

 


14 outubro 2020

Propriedade ante o Socialismo e o Capitalismo

O conceito de propriedade está vinculado à escassez de bens. O ar, sendo um bem livre, não é propriedade de ninguém. Em se tratando da propriedade, os bens têm que ser escassos para que surjam conflitos sobre o uso desses bens. Os possíveis conflitos são evitados por meio da atribuição de direitos de propriedade exclusiva.

Qualquer ação humana que tenha por objeto a alteração do estado atual de coisas para um estado mais compensador tem na sua retaguarda a escolha relativa ao uso do corpo do indivíduo. Por causa da escassez do corpo e do tempo, a regulamentação de propriedade é inevitável. Havendo mais de uma pessoa, os conflitos podem aumentar, de modo que é preciso mais regulamentações para apaziguar os novos conflitos.

Toda pessoa tem o direito exclusivo de propriedade de seu corpo dentro de certos limites. Pode escolher os vícios ou as virtudes. Se, por outro lado, sua ação altera a integridade física de outra pessoa, essa ação pode ser chamada de agressão. Seria agressão bater em outra pessoa sem motivo algum. A propriedade estabelecida agressivamente ajudaria a esclarecer o problema social e econômico central de cada tipo de socialismo real, ou seja, do socialismo num mundo de completa escassez.

Suponhamos que a propriedade estabelecida agressivamente seja introduzida. Antes o indivíduo podia decidir em se tornar um viciado ou um filósofo. Agora o direito da pessoa de usar seu corpo é cerceado ou mesmo eliminado, e este direito é delegado a outra pessoa que não está naturalmente ligada ao respectivo corpo como seu produtor. Teríamos uma mudança na estrutura social e mesmo no comportamento da sociedade. Por isso, o socialismo é um sistema de regime de propriedade economicamente inferior.

Um sistema social baseado na posição natural sobre a atribuição dos direitos de propriedade é chamado de sistema puramente capitalista. Para ser considerado não-agressivo, as reivindicações devem estar apoiadas numa apropriação original, numa propriedade anterior, ou por uma relação contratual mutuamente benéfica. 

Fonte de Consulta

HOPPE, Hans-Hermann. Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo. Tradução de Bruno Garschagen. 2.ª, São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2013.

 


12 outubro 2020

Desigualdade: Ricos e Pobres

"Uma sociedade que põe a igualdade à frente da liberdade não terá nenhuma das duas. Uma sociedade que põe a liberdade à frente da igualdade terá um grau elevado de ambas.” (Milton Friedman)

desigualdade não é dos nossos dias. No processo histórico, ela pode se apresentar mais ou menos acentuada. Observe a Inglaterra na época da Revolução Industrial: havia industriais extremamente ricos ao lado de famílias trabalhadoras que eram forçadas a trabalhar em fábricas ou minas, e morando em casas pouco confortáveis.

capitalismo é um sistema que recompensa o esforço e o empreendedorismo dos indivíduos, gerando desigualdades. O problema é o tamanho da desigualdade. Nos EUA, os 10% mais ricos têm renda 16 vezes maior que os 10% mais pobres; no México, a diferença é bem maior, ou seja, 25 vezes. Nos países nórdicos como Dinamarca, Suécia e Finlândia, a lacuna é bem menor: 5 vezes. Na comparação entre países, os mais pobres do Reino Unido e dos EUA são incomparavelmente mais ricos e saudáveis do que os moradores da África subsaariana.

Os benefícios da desigualdade. “Alguns economistas afirmam que como por natureza as pessoas são diferentes em termos de hábitos e capacidades, é inevitável haver certa desigualdade em uma economia importante. Com efeito, aqueles que defendem o livre mercado dizem que as tentativas de redistribuir a riqueza têm consequências inesperadas e perversas. Impostos mais elevados podem levar os membros mais produtivos da sociedade a sair do país, ou desestimulá-los de trabalhar mais, o que, por sua vez, reduz a quantidade de riqueza gerada pela sociedade”.

Não há provas claras de que, como um todo, um elevado nível de desigualdade impeça um país de ficar mais rico com o tempo. A principal preocupação é a inquietude social. "Um estudo mostrou que atores de Hollywood que ganharam um prêmio da Academia viveram, em média, quatro anos mais do que seus colegas sem o prêmio, e aqueles que ganharam dois Oscar viveram seis anos mais".

Fonte de Consulta

CONWAY, Edmund. 50 Ideias de Economia que você Precisa Conhecer. Tradução Marcello Borges. São Paulo: Planeta, 2015.