31 março 2020

Becker, Gary Stanley

"The phrase ‘marriage market’ is used metaphorically and signifies that the mating of human populations is highly systematic and structured." (Gary Stanley Becker)

Gary Stanley Becker (1930-2014) foi um economista estadunidense. Professor na Universidade de Chicago, foi laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 1992, por ter estendido os domínios da análise microeconômica para comportamento e interação humanaFoi membro do Hoover Institution, do National Bureau of Economic Research e da Pontifícia Academia das Ciências desde 1997.

Seus trabalhos foram baseados em modelos neoclássicos [com fundamentação estatística e matemática] sobre temas "típicos do cotidiano", como, por exemplo, preconceito racial, investimento em capital humano, formação familiar, uso de drogas, prática religiosa e criminalidade. Todos esses eventos ganharam uma abordagem econômica, com a adoção de determinados pressupostos acerca da ação dos indivíduos, como a racionalidade e a busca pela maximização da utilidade.

Áreas abordadas por seus escritos: 1) investimentos em capital humano; 2) distribuição do trabalho e alocação do tempo dentro das famílias; 3) crime e punição; 4) discriminação nos mercados de trabalho e bens. Eis alguns títulosThe Economics of Discrimination (1957) [analisa a questão da discriminação racial no mercado de trabalho]; Investiment in Human Capital: a theorical analysis (1962) [artigo em que analisa os impactos dos investimentos em educação e saúde sobre o desenvolvimento econômico]; Crime and Punishment: an economic approach de (1968) [aplicação de uma abordagem econômica sobre a criminalidade].

Fonte de Consulta 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Gary_Stanley_Becker

https://terracoeconomico.com.br/gary-becker-o-homem-que-transformou-tudo-em-economia/





27 março 2020

Mão Invisível

Adam Smith (1723-1790), considerado o pai da economia moderna e o mais importante teórico do liberalismo econômico, autor de Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, ou mais conhecida como A riqueza das nações, sua obra mais conhecida, em que procurou demonstrar que a busca do interesse próprio promove o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Os capítulos de sua obra, A mão invisível, são: 1) da divisão do trabalho; 2) do princípio da divisão do trabalho; 3) o princípio do sistema mercantil; 4) restrições à importação de mercadorias; 5) a irracionalidade das restrições; 6) os sistemas agrícolas. Em "As restrições à importação de mercadorias", trata do termo "mão invisível".

Começa dizendo que todo indivíduo que emprega o seu capital em apoio à indústria nacional espera que o seu produto tenha o maior valor possível. De acordo com a quantidade de capital que empregar, terá mais ou menos lucro. O lucro é o objetivo de qualquer pessoa que emprega capital para dar suporte à indústria. Isso faz a economia girar.

A renda anual de cada sociedade é igual ao valor de troca de toda a produção anual de sua indústria, ou seja, é exatamente igual ao valor de troca. Em sendo assim, cada indivíduo fará o maior esforço para aumentar a sua contribuição ao valor total da economia. Cada indivíduo trabalha necessariamente para fazer a renda anual da sociedade tão grande quanto ele possa conseguir.

Eis o texto em que aparece o termo "mão invisível":

"Em geral, ele de fato não tem a intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o está promovendo. Ao preferir dar suporte à indústria doméstica e não à estrangeira, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e ao direcionar essa indústria de tal maneira que seu produto possa ser do maior valor possível, ele tenciona apenas seu próprio ganho, e nisso é, como em muitos outros casos, conduzido por uma mão invisível para produzir um desfecho que não faz parte de sua intenção. Nem sempre é pior para a sociedade que ela não tenha participado dessa intenção. Ao perseguir seu próprio interesse, esse indivíduo frequentemente promove o interesse da sociedade de forma mais efetiva do que se realmente tivesse a intenção de promovê-lo. Eu nunca soube de muitos benefícios trazidos por aqueles que pretendem comerciar tendo em vista o bem público. É uma situação, de fato, não muito comum entre comerciantes, e não são necessárias muitas palavras para dissuadi-los disso".





26 março 2020

Gudin, Eugênio

"Uma nação em crise não precisa de plano. Precisa de homens." (Eugênio Gudin)

Eugênio Gudin Filho (1886-1986) foi um economista liberal brasileiro, ministro da Fazenda entre setembro de 1954 e abril de 1955, durante o governo de Café Filho. Formado em engenharia, interessou-se por economia na década de 20 e, entre 1924 e 1926, publicou seus primeiros artigos sobre matéria econômica em "O Jornal", do Rio de Janeiro, do qual também foi diretor. Em 1929, tornou-se diretor da Western Telegraph Co., cargo que ocuparia até 1954.

Gudin , considerado o guru dos economistas brasileiros, que acompanhou todas as mudanças políticas e econômicas do século passado. foi o redator do projeto de lei que institucionalizou o curso de economia no Brasil. Antes da criação da faculdade, as aulas de economia no Brasil eram realizadas nos cursos de direito e engenharia.

Na década de 30, passou a integrar importantes órgãos técnicos e consultivos de coordenação econômica criados pelo governo federal. Na década de 40, Gudin apresentava-se como um crítico das medidas econômicas protecionistas e um defensor decidido da liberdade de atuação para o capital estrangeiro, da igualdade de tratamento dado a este e ao capital nacional, e da abolição das restrições à remessa de lucros para o exterior. No início da década de 50, integrou a Comissão de Anteprojeto da Legislação do Petróleo, tendo discordado das restrições impostas a atuação do capital estrangeiro no setor. Em seguida, colocou-se frontalmente contrário à criação da Petrobrás e à instituição do monopólio estatal do petróleo.

Com a posse do vice-presidente João Café Filho, em 1954, foi nomeado ministro da Fazenda. Promoveu, então, uma política de estabilização econômica baseada no corte das despesas públicas e na contenção da expansão monetária e do crédito, o que provocou a crise de setores da indústria. Sua passagem pela pasta da Fazenda foi marcada, ainda, pela decretação da Instrução 113, da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), que facilitava os investimentos estrangeiros no país, e que seria largamente utilizada no governo de Juscelino Kubitscheck.

Fonte de Consulta

https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/biografias/eugenio_gudin

https://educacao.uol.com.br/biografias/eugenio-gudin.htm

25 março 2020

Solow, Robert Merton

"Plano de estabilização não pode ser estável como a pedra. Ele tem de ser produzido, dia-a-dia, como se fosse um pão." (Robert Solow)

Robert Merton Solow (1924-) é um economista estadunidense neokeynesiano. Recebeu em 1987 o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel. Ficou famoso pelo Modelo de Solow-Swan, um modelo econômico que procura responder uma simples pergunta: "por quê uns países são mais ricos que outros?". Foi laureado com a Medalha John Bates Clark em 1961 e o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel em 1987.

Algumas de suas obras: "On the Structure of Linear Models", 1952, Econometrica; "Balanced Growth under Constant Returns to Scale", with P.A. Samuelson, 1953, Econometrica; "A Complete Capital Model Involving Heterogeneous Capital Goods", with P.A. Samuelson, 1956, QJE; "A Contribution to the Theory of Economic Growth", 1956, QJE; "Substitution and Fixed Proportions in the Theory of Capital", 1962, RES; "Capital Theory and the Rate of Return, 1963; "Neoclassical Growth with Fixed Factor Proportions", with J. Tobin, C.C. von Weizsacker and M. Yaari 1966, RES.

Criado durante a Grande Depressão, quis sempre saber o que "fazia o mundo pulsar". Serviu na Segunda Guerra até 1945. Retornando a Harvard, decidiu estudar economia, e teve como professor Wassily Leontief, que se tornou, além de professor, seu guia e amigo. Como assistente de Leontief, trabalhou na criação do primeiro conjunto de coeficientes de capital para o modelo input-output de análise econômica. Considera que aprendeu com Leontief o espírito e a substância da moderna economia.

Solow concluiu seu Ph.D em 1951 na Universidade de Harvard. Em 1949, já era professor de Economia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde se tornou catedrático em 1958; continuou a lecionar até 1995, quando se aposentou. Foi, também, membro do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca em 1961-62. Em 1950, demonstrou que os avanços no ritmo de progresso tecnológico contribuem mais para o crescimento econômico do que o aumento dos capitais ou da força de trabalho.

Fonte de Consulta

https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Solow




24 março 2020

Furtado, Celso

"O ponto de partida de qualquer novo projeto alternativo de nação terá que ser, inevitavelmente, o aumento da participação e do poder do povo nos centros de decisão do país." (Celso Furtado)

Celso Furtado (1920-2004) foi um economista e pensador brasileiro. Foi Ministro do Planejamento no governo João Gulart, Ministro da Cultura no Governo José Sarney e superintendente da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), criada no governo de Juscelino Kubitschek. Natural da Paraíba, formou-se, em Direito (1944), pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Algumas de suas obrasA economia brasileira. RJ, A Noite, 1954; Uma economia dependente. RJ, Ministério da Educação e Cultura, 1956; Perspectivas da economia brasileira. RJ, Instituto Superior de Estudos Brasileiros, 1958; Formação Econômica do Brasil. RJ, Fundo de Cultura, 1959; Uma política de desenvolvimento econômico para o Nordeste. RJ, Imprensa Nacional, 1959; Desenvolvimento e subdesenvolvimento. RJ, Fundo de Cultura, 1961.

Era adepto de uma política intervencionista no funcionamento da economia, fruto de sua atuação na Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Quando nomeado Diretor de Desenvolvimento da CEPAL, pode viajar por vários países. Participou do convênio entre o CEPAL e o BNDE, cujo Grupo Misto elaborou um trabalho que serviria de base para o Plano de Metas, estabelecido pelo governo de Juscelino Kubitschek. Foi responsável por muitas políticas de cunho econômicos no Brasil nas últimas décadas.

Com o golpe de 1964, perde os direitos políticos por dez anos. Fica no Chile até setembro, indo, depois, para os Estados Unidos, como pesquisador graduado do Centro de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale. Em 1965 foi para Paris. Assumiu a cátedra de professor na Sorbonne, onde permaneceu durante vinte anos. Realizou viagens por diversos países, como professor visitante em universidades. Participou de seminários e integrou o Conselho Acadêmico da Universidade das Nações Unidas, em Tóquio, em 1978.

Fonte de Consulta 

https://www.ebiografia.com/celso_furtado/

https://www.infoescola.com/biografias/celso-furtado/



22 março 2020

Origem do Capitalismo

O capitalismo opera em benefício do consumidor, pois este possui o que os produtores querem: dinheiro.

capitalismo, tal como entendemos hoje, originou-se na Idade Média – período que se estende desde a queda do Império Romano (476 d.C.) até a tomada de Constantinopla pelos turcos (1453) –, embora anteriormente já havia comerciantes, empresários e financistas. Esse período foi dominado pelo regime feudalista, fechado, em que as atividades econômicas centralizavam-se na subsistência do próprio feudo. Juro condenado, lucro proibido e preço justo eram os fundamentos dos fatos econômicos.

Os principais traços do sistema feudal: 1) rede de prestações, contraprestações e sujeições em que cada indivíduo estava inserido; 2) diminuição dos intercâmbios comerciais e o desaparecimento quase completo da moeda devido à tendência ao entesouramento; 3) escambo tornou-se a modalidade típica de trocas e transações; 4) vassalagem. Entretanto, alguns dos habitantes desses domínios fechados começaram a sentir o desejo de melhorar sua condição de vida passando a morar nas antigas cidades romanas a fim de lucrar com as possibilidades de trocas abertas por essas aglomerações.

O comércio "exterior" entre feudos, uma vez iniciado, generalizou-se, principalmente devido à divisão do trabalho e do surgimento das especializações. Cabe ressaltar a importância das Cruzadas que, no fundo eram religiosas, mas intensificaram as trocas comerciais entre a Europa e o Oriente Próximo. Jessua diz: "A expansão comercial das cidades-estados italianas provocou uma série de consequências econômicas: os mercadores comprometidos com essas expedições comerciais tiveram que refinar seus métodos de gestão. Foi assim que surgiu a contabilidade de partidas dobradas em Florença, a partir do final do século XII, até ser codificada em Veneza por Luca Paccioli em 1945".

Em fins do século XV, tivemos o início das grandes descobertas. Colombo, Cabral e outros propuseram-se a buscar novos acessos aos mercados da Índia. Observa-se, também, a expansão monetária bancária, pois as grandes fortunas eram abstratas, ou seja, como soma de moedas. Nota-se os principais traços distintivos do capitalismo: o aumento cumulativo das riquezas, a racionalidade da condução dos negócios pela utilização das redes de comunicação, pela contabilidade, pelo refinanciamento das operações bancárias, pelo lucro e pelo espírito de aventura independente dos poderes locais.

O passo seguinte foi o surgimento da Revolução Industrial, ou seja, o conjunto dos rápidos melhoramentos que beneficiaram as técnicas de produção nas manufaturas, sobretudo de 1770 em diante. Consequência da Revolução Industrial: o Produto Interno Bruto mundial por habitante (em dólares, 1990) passou de 565 em 1500 para 651 em 1820, mas atingiu 5.145 em 1992.

O espírito de independência e de responsabilidade pessoal, desenvolvendo-se como uma reação contra o poder real ou senhorial absolutista, foi a causa primordial da arrancada capitalista.

Fonte de Consulta

JESSUA, Claude. Capitalismo: Uma Breve Introdução. Tradução de William Lagos. Porto Alegre, RS: L&PM, 2019, capítulo 1.



18 março 2020

Capitalismo, Socialismo e Comunismo

Claude Jessua, na introdução de seu livro Capitalismo: uma breve introdução, elucida-nos sobre as definições de capitalismo, socialismo e comunismo.

Dentre as várias definições de capitalismo, prefere a de Schumpeter (1833-1950): o capitalismo define-se pela apropriação privada dos meios de produção; pela coordenação de decisões por meio de trocas, em outros termos, pelo mercado; finalmente, pela acumulação de capitais através de instituições financeiras, ou seja, pela criação do crédito. 

Quanto ao socialismo: trata-se de um sistema caracterizado pela apropriação coletiva dos meios de produção. A coordenação das decisões, a aplicação dos recursos produtivos e o ritmo da acumulação dos capitais são nele determinados por um conjunto de injunções previamente estabelecidas, ou seja, um Plano, que substitui o mercado.

Sobre o "comunismo". Trata-se de um sistema teórico que estava destinado a obedecer à fórmula: "De cada um conforme suas capacidades a cada um conforme suas necessidades". Referia-se a uma possibilidade longínqua, porque supunha um tal desenvolvimento das forças produtivas que a escassez seria totalmente abolida e todas as pessoas teriam acesso direto e gratuito a todas as coisas de que tivessem necessidade, deixando de lado até mesmo a moeda. 

Os russos, após a experiência trágica do comunismo, passaram a adotar a máxima: "De cada um conforme suas capacidades a cada um conforme o seu trabalho". O nome "socialismo" foi adotado então pelos próprios russos para designar esse regime transitório.

Fonte de Consulta

JESSUA, Claude. Capitalismo: Uma Breve Introdução. Tradução de William Lagos. Porto Alegre, RS: L&PM, 2019

 

13 março 2020

Simonsen, Mário Henrique

"Os pobres ficam ainda mais pobres quando têm de sustentar os burocratas nomeados supostamente para enriquecê-los." (Mário Henrique Simonsen)

Mário Henrique Simonsen (1935-1997) foi um engenheiro, economista, professor e banqueiro brasileiro. Foi Ministro da Fazenda do Brasil durante o governo de Ernesto Geisel (1974-1979) e Ministro do Planejamento no governo Figueiredo. Antes disso, havia sido Presidente do Banco Central no governo Castelo Branco, nos anos de 1960. Especialista em macroeconomia. Inflação, nível de emprego e salários, contenção monetária e formação de expectativas dos agentes eram as principais preocupações de sua época. 

Algumas de suas obrasEnsaios sobre Economia e Política Econômica (1961); A Experiência Inflacionária Brasileira (1964); Teoria Microeconômica em 4 volumes (1967-1969); Novos Aspectos da Inflação Brasileira e Inflação — Gradualismo x Tratamento de Choque (1970); A Nova Economia Brasileira (em coautoria com Roberto Campos) (1972); Macroeconomia em 2 volumes (1974); A Experiência Brasileira de Planejamento (1974); Macroeconomia (1989); Ensaios analíticos (1994); 30 Anos de Indexação (1995).

Formado em engenharia civil, com especialização em economia, Mário Henrique Simonsen foi considerado um dos homens mais inteligentes de sua geração. Em razão do seu gosto pelos números, começou a dar aulas de Matemática Pura e Aplicada. Concomitantemente, fundou uma distribuidora de valores, tendo como parceiro o banqueiro Júlio Bozano.

A carreira política de Mário Henrique Simonsen começou em 1964 (queda do presidente João Goulart). Nesta época, foi colaborador de Roberto Campos (ministro do Planejamento). Com pouco tempo na atividade, Simonsen ganhou a antipatia das centrais sindicais, ao apresentar um novo cálculo salarial, pelo qual os vencimentos dos trabalhadores deveriam ser baseados na média dos dois anos anteriores, o que reduziu o poder aquisitivo dos empregados.

Em 1974, Simonsen atingiu o ápice de sua carreira política, ao assumir o Ministério da Fazenda. Sua gestão foi marcada pela racionalidade econômica e contenção de gastos. Quando o general João Figueiredo assumiu a Presidência da República, Simonsen trocou o Ministério da Fazenda pela Secretaria do Planejamento. Ao deixar a vida pública, em 1979, Mário Henrique Simonsen voltou a fazer o que mais gostava: dar aulas. Contratado pela Fundação Getúlio Vargas, Simonsen nunca deixou de dar palpites em relação à política econômica do país. (1)

Fonte de Consulta

(1) https://educacao.uol.com.br/biografias/mario-henrique-simonsen.htm



12 março 2020

Menger, Carl

"Por economia, entendemos a atividade prospectiva de homens direcionados a suprir suas necessidades materiais; pela economia nacional, a forma social dessa atividade." [Pesquisa sobre o método das ciências sociais e da economia política em particular (1883)]

Carl Menger (1840-1921) foi um economista austríaco, fundador da escola austríaca. Professor de economia na Faculdade de Direito da Universidade de Viena de 1873 a 1903. Desenvolveu uma teoria subjetiva do valor, a teoria da utilidade marginal, ligando-a à satisfação dos desejos humanos. A obra foi publicada em 1871, com o título Grundsätze der Volkswirtschaftslehre.

Na década de 70 (do século XIX), trabalhando independente, apresentou a teoria do valor baseada na utilidade marginal, e cujo trabalho influenciou profundamente o pensamento econômico subsequente. Sua teoria da utilidade foi também desenvolvida na mesma época (1871) e independentemente, por Jevons, mas foram Menger e seus discípulos Böhm-Bawerk e von Wieser que melhor a exploraram.

Para ele, as trocas ocorrem porque os indivíduos têm critérios de valor subjetivos e diferentes de uma mesma mercadoria: toda a atividade econômica resulta simplesmente da conduta dos indivíduos e deve ser analisada a partir do consumo final, como uma pirâmide invertida, ou seja, o pão anterior à farinha e a farinha anterior ao trigo.

O preço dos produtos de primeira ordem, que é determinado pela sua troca para o consumo, repercute-se até aos produtos de ordem mais elevada. A teoria da utilidade decrescente foi o catalisador que eventualmente unificou as teorias da produção e do consumo. Contudo, o próprio Menger deu demandada ênfase à procura (para consumo) na sua teoria do valor, tal como os economistas clássicos tinham acentuado demais a oferta (do lado da produção). (1)

Fonte de Consulta

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 

 





Walras, Léon

Léon Marie Esprit Walras (1834-1910)  foi um economista e matemático francês, conhecido como o criador da Teoria do Equilíbrio Geral. Também descreveu o processo de tâtonnement , segundo o qual determinado mercado pode atingir o equilíbrio, tendo em conta que o equilíbrio geral, conforme delimitado pela matemática, pode não ser possível. Era engenheiro de minas quando, em 1870, aceitou o convite para lecionar a disciplina de Economia, recentemente criada, na Faculdade de Direito de Lausane. Manteve o lugar até 1892, data em que se reformou, sendo substituído por Pareto.

As suas obras publicadas incluemÉlements d'économie Politique Pure (1874-1877); Études d'économie Sociale (1896); Études d'économie Politique Appliquée (1898). (1)

A maior contribuição de Walras veio da economia, mais especificamente da junção entre economia e matemática. Uma de suas inúmeras contribuições à economia foi a da teoria de “tâtonnement”, na tradução ao português, significando tatear. Essa teoria diz ao fato de que quando agentes com oferta e demanda estão dispostos a negociar, ambos tendem a encontrar um “preço comum” em que a transação seja realizada e ambos os lados saiam satisfeitos. O nome da teoria remete justamente ao fato dos agentes (compradores x vendedores) “tatearem” os mercados em busca de um preço melhor.

A teoria do equilíbrio geral procura demonstrar como funciona a produção, o consumo e em consequência os preços de um determinado sistema econômico. Esta teoria busca compreender como a relação individual de pequenas interações de oferta e demanda alteram toda a economia, entrando assim no campo macroeconômico. Começou seu estudo analisando a interação entre duas pessoas; depois, paulatinamente foi ampliando a interação, chegando, por fim, ao entendimento de como todo o mercado realizava suas transações baseados em dois princípios: a oferta e a demanda, onde ambas convergiam para um ponto de equilíbrio de preços. (2) 

Fonte de Consulta

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 

(2) http://economiasemsegredos.com/serie-pensadores-leon-walras/


Tobin, James

"Agora a gente percebe como se escreveram tantos livros bobos sobre o Japão e a Ásia." (James Tobin)

James Tobin (1918-2002) foi um economista estadunidense. Ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 1961. Estudou em Harvard e, em 1947, recebeu seu doutoramento em Filosofia. De 1950 a 1961 lecionou em Yale, incluindo seis anos com a Cowles Comission. Uma das maiores contribuições de Tobin foi a definição rigorosa da natureza exata de um ativo e do papel que a moeda desempenha entre um conjunto de ativos das famílias. James Tobin foi um trabalhador incansável; até os 80 anos ainda dava expediente no seu gabinete em Yale. É autor de 16 livros e de mais de 400 artigos.

As suas obras incluemFinancial Markets and Economic Activity (1967); Essays in Economics (1971); Asset Accumulation and Economic Activity (1980).

O seu artigo "Liquidity Preference as Behavior Towards Risk" [in Review of Economic Studies (1958)] abriu uma nova fase na análise da escolha da carteira de títulos. Postulava a existência de um espectro de ativos no qual o rendimento dos títulos e o risco se movimentam no mesmo sentido. As famílias, desejando simultaneamente rendimento elevado e baixo rico, têm de tomar uma decisão sobre a sua carteira de títulos. Utilizou a frase Não colocar todos os ovos no mesmo cesto como uma metáfora para evitar o risco nas especulações financeiras.(1)

No início de sua carreira acadêmica dedicou-se a analisar a teoria keynesiana e a dotá-la de fundações científicas mais rigorosas, bem como a reforçar e elaborar a lógica das teorias macroeconômicas e monetárias. Nesse sentido pode ser considerado um economista keynesiano, embora também seja chamado de um economista liberal com um rosto humano.

Na década de 1960 foi um dos mais eloquentes críticos do monetarismo, defendido por Friedman na Universidade de Chicago, liderando o grupo de economistas que se opunha a essa onda monetarista. Tobin defendia a intervenção governamental na economia dos estados nacionais. Na década de 1980 combateu o "reganismo", alertando que as políticas monetaristas, fortemente inspiradas em Friedman, adotadas pelo governo Reagan, "distribuiriam a riqueza, o poder e a oportunidade para os que já eram ricos e poderosos, e para seus herdeiros". (2) 

Fonte de Consulta 

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 

(2) https://pt.wikipedia.org/wiki/James_Tobin




11 março 2020

Robinson, Joan

"Estudo economia diariamente, para nunca ser enganada por nenhum economista." (Joan Robinson)

Joan Violet Robinson (1903-1983) foi uma economista pós-keynesiana britânica que ampliou a teoria de John Maynard Keynes. Em 1933, introduziu o termo "monopsônio" [mercado que possui apenas um demandador (um comprador, um empregador)]. É tida como a maior economista do século XX. Formou-se em economia na universidade de Cambridge. Fez palestras no exterior até seus 70 anos e era conhecida por estudantes na América, na Austrália, na África e na maior parte da Europa. Ela é considerada a melhor economista que jamais ganhou o Nobel.

Algumas de suas obrasThe Economics of Imperfect Competition (1933); An Essay on Marxian Economics (1942); Accumulation of Capital (1956); Exercises in Economic Analysis (1960); Essays in the Theory of Economic Growth (1962); Economic Philosophy: An essay on the progress of economic thought (1962); Freedom and Necessity: An introduction to the study of society (1970); Economic Heresies: Some Old Fashioned Questions in Economic Theory, (1971); Contributions to Modern Economics (1978).

Joan Robinson contribuiu para a noção de que a competição raramente é perfeita em um mercado. Para ela, os custos de produção são meramente preços de insumos, como o capital. Os bens de capital obtêm seu valor dos produtos finais. Se o preço dos produtos finais determina o preço do capital, é totalmente circular dizer que o preço do capital determina o preço dos produtos finais. Os bens não podem ser precificados até que os custos dos insumos fossem determinados. Isso não importaria se tudo na economia acontecesse instantaneamente, mas no mundo real, a definição dos preços leva tempo - os bens são precificados antes de serem vendidos. (1)

Mais ideias de Robinson

Por que é que os salários são tão baixos? Joan Robinson rejeitou a concorrência perfeita e procurou explicar de que modo as imperfeições podem levar às discrepâncias nos salários e no emprego realmente observadas nos mercados. Por causa do seu trabalho pioneiro, Joan Robinson é vista como "a mulher mais importante da história do pensamento econômico". O seu lugar entre os Grandes, especialmente numa altura em que havia poucas mulheres economistas, é notável. Mesmo agora, as mulheres estão substancialmente sub-representadas na profissão de economista. Em mais de 50 mil economistas acadêmicos no mundo inteiro, menos de um quinto são mulheres.

O trabalho de Robinson seguia o pensamento keynesiano, por isso contestava a noção econômica neoclássica dos mercados perfeitamente concorrenciais. Por outras palavras, Joan Robinson tomou o partido de John Maynard Keynes contra o seu antecessor de Cambridge, Alfred Marshall. No ano a seguir ao aparecimento de A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de Keynes, em 1936, Robinson publicou Essays in the Theory of Employment [Ensaios sobre a Teoria do Emprego], que aperfeiçoou e aprofundou as ideias de Keynes, concretamente no que respeitava ao mercado de trabalho. A esse trabalho seguiu-se outro livro, Introduction to the Theory of Employment [Introdução à Teoria do Emprego], impressionantemente no mesmo ano. Foi o primeiro manual a enraizar na economia os conceitos keynesianos. (2)

Fonte de Consulta

(1) https://pt.wikipedia.org/wiki/Joan_Robinson

(2) https://executiva.pt/joan-robinson-unica-mulher-no-panteao-dos-economistas/


Galbraith, John Kenneth

"A política é a arte de escolher entre o desastroso e o intragável." (John Kenneth Galbraith)

John Kenneth Galbraith (1908-2006) foi professor, economista e diplomata. Com obras voltadas ao público, e não somente restritas aos acadêmicos, tornou-se um dos primeiros "best-seller" em economia. Foi cético perante as extravagâncias da "teoria econômica quando não justificadas pelos dados empíricos". Foi nomeado professor de economia na Universidade de Harvard em 1949 e tornou-se também editor da revista "Fortune".

Galbraith foi consultor do presidente Franklin Roosevelt (1933-1945). Durante a Segunda Guerra Mundial, Galbraith foi vice-diretor de administração de preços do governo. Conselheiro e amigo do presidente John F. Kennedy, Galbraith foi embaixador na Índia entre 1961 e 1963.  Indicado para o Nobel de economia em 2003, não conquistou o prêmio.

Algumas de suas obrasA Era da Incerteza (1977); A Sociedade da Pobreza (1979); A Economia e o Interesse Público (1988); Uma Breve História da Euforia Financeira (1992); Moeda: De Onde Veio, Para Onde Foi (1997); A Economia ao Alcance de Quase Todos (2000); A Anatomia do Poder (2007); A Grande Crise de 1929 (2009); O Triunfo (1964).

Sobre a crise de 1929, disse que a busca de informações confidenciais que levassem a um rápido enriquecimento foi uma das principais causas da grande depressão ocasionada pela quebra da bolsa de Nova Iorque.

Fonte de Consulta

https://educacao.uol.com.br/biografias/john-kenneth-galbraith.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Kenneth_Galbraith



10 março 2020

Pareto, Vilfredo

"Deem-me erros frutíferos, cheios de sementes, rebentando com as suas próprias correções. Podem guardar a vossa verdade estéril para vós mesmos." (Vilfredo Pareto)

Vilfredo Federico Damaso Pareto (1848-1923) foi um sociólogo, teórico político e economista italiano. Nascido em Paris, seguiu a profissão de engenheiro. Sucedeu a seu pai num posto nas linhas férreas italianas. Em 1874 é nomeado diretor de uma siderúrgica em Florença. Nessa época, dedicou-se ao estudo da Sociologia, Economia, Filosofia e Política. Das suas publicações fez parte Cours d'économie politique, 1896-1897, e Manuale di Economica Politica, 1906. Pareto reformou-se em 1907. 

A partir dos fundamentos criados por Walras, Pareto desenvolveu a economia analítica. Apontou as deficiências de qualquer teoria do valor, na média em que se apoia em suposições mensuráveis ou "cardinais" mais do que em utilidade ordinal. Demonstrou que uma teoria eficiente sobre o comportamento do consumidor e a troca só poderia ser construída com base em suposições de utilidade cardinal. A troca teria lugar num mercado competitivo entre indivíduos, de tal modo que os rácios das utilidades marginais dos bens comercializados igualasse a rácio dos seus preços. Poderia definir-se um ponto ótimo de troca sem a necessidade de comparar a utilidade total de um indivíduo com a dos outros. Pareto definiu o aumento do bem-estar total como o que ocorre nas condições em que algumas pessoas melhoram em resultado da troca sem que, ao mesmo tempo, ninguém fique pior. 

Vilfredo Pareto formulou sua polêmica lei da distribuição de renda, por meio da complicada fórmula matemática, onde tentou provar que a distribuição da renda e riqueza na sociedade não é aleatória e que segue padrão invariável no curso da evolução histórica em todas as sociedades, que depois foi chamada de “Lei de Pareto”.

A lei de Pareto, no seu sentido estrito, não foi comprovada como válida. (1)

Fonte de Consulta

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 



09 março 2020

Hume, David

" Em nossos raciocínios a respeito dos fatos, existem todos os graus imagináveis de certeza. Um homem sábio, portanto, ajusta sua crença à evidência." (David Hume)

David Hume (1711-1776) foi um filósofo, historiador, ensaísta e diplomata escocês. Defendia o empirismo, o ceticismo e o naturalismo. Seu tratamento sistemático da economia está contido em vários capítulos do seu livro Political Discourses (1752). 

Hume considerou injustificável o medo mercantilista de um desequilíbrio crônico do comércio e da perda de ouro. Argumentou que o movimento internacional em ouro e prata respondia à subida e queda dos preços e assim matinha as diferenças dos preços nacionais dentro dos limites e impedia déficits ou excessos permanentes da balança de pagamentos. Previu também como este mecanismo podia ser distorcido pelo crescimento do sistema bancário interno e do papel-moeda. 

Hume aceitou a teoria quantitativa da moeda, fazendo contudo a distinção entre os efeitos a curto prazo e a longo prazo. Ao analisar as consequências de um aumento na quantidade de moeda, chegou à conclusão de que a moeda não era neutra, pois podia afetar o emprego, se bem que somente a curto prazo. 

A sua crença de que o nível da taxa de juros dependia da taxa de lucros de um negócio foi a base da teoria da taxa de juro de Adam Smith. (1) 

Fonte de Consulta

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 




Hicks, Sir John Richard

"Eu não comecei por Keynes; comecei por Pareto e Hayek." (John Hicks)

Sir John Richard Hicks (1904-1989) foi um economista inglês. Estudou em Oxford e lecionou na London School of Economics (1926-1935), nas Universidades de Cambridge (1935-1938), Manchester (1938-1946) e, finalmente, em Oxford, de 1946 até sua aposentadoria. Em 1972 recebeu o prêmio Nobel de Economia conjuntamente com o professor Kenneth Arrow.

Entre suas publicações, incluem-se os seguintes livros: The Theory of Wages (1942); Value and Capital (1939); The Social Framework (1942); A Contribution to the Theory of the Trade Cycle (1950); A Revision of Demand Theory (1956); Critical Essays in Monetary Theory (1967); A Theory of Economic History (1969); Economic Perspectives Further Essays on Money and Growth (1977).

Num artigo publicado na revista Economica em 1934, Hicks e o Prof. R. G. D. Allen demonstraram como a curva de indiferença poderia ser utilizada para analisar o comportamento do consumidor na base da utilidade ordinal. A sua exposição deu um importante impulso ao desenvolvimento deste instrumento de análise na teoria econômica.

No seu trabalho sobre o ciclo econômico, Hicks demonstrou através de modelos matemáticos como o acelerador poderia induzir vários tipos de flutuação na produção total. (1)

Contribuições de Hicks para a economia: introdução da ideia de elasticidade da substituição;  invenção do "modelo IS-LM"; a teoria do valor dos bens pode ser alcançada sem necessidade de recorrermos ao pressuposto de que a utilidade é mensurável; teste de compensação. (2)

Fonte de Consulta

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 

(2) https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Richard_Hicks



06 março 2020

Churchill, Winston

"O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo." (Winston Churchill)

Winston Churchill (1874-1965) foi um político britânico, Ministro da Guerra, Ministro da Aeronáutica e Primeiro-Ministro inglês por duas vezes. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura e a cidadania honorária dos Estados Unidos.

Alguns fatos de sua carreira política. Em 1900, Winston Churchill elege-se para a Câmara dos Comuns, como deputado do Partido Conservador. Em 1904 abandonou os conservadores e uniu-se aos liberais. Em 1906 foi nomeado subsecretário das colônias britânicas. Em 1911, foi nomeado o Primeiro Lord do Almirantado, ou seja, o Comandante Supremo da Marinha. Em 1924, voltando ao Partido Conservador, é nomeado Ministro das Finanças no governo de Stanley Baldwin.

Segunda Guerra Mundial. Quando a Alemanha, depois de ter invadido a Tchecoslováquia, ameaça entrar na Polônia, Paris e Londres garantem a esta sua ajuda militar. No dia 1.º de setembro de 1939 Hitler invade a Polônia. Dois dias depois, França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha. Nesse mesmo dia, Churchill entra para o Gabinete de Guerra, voltando ao Almirantado. Em 10 de maio de 1940, o Primeiro Ministro Chamberlain renuncia. Em seu lugar, com apoio geral, assume Winston Churchill. Em seu primeiro discurso, diante dos comuns pronuncia a frase que se tornaria famosa: "Nada tenho a oferecer senão sangue e trabalho, suor e lágrimas."

Obras de Winston ChurchillThe World Crisis (1923); Minha Mocidade (1930); Grandes Homens do Meu Tempo (1937); This Was Their Finest Hour (1940); Sangue Suor e Lágrimas (1940); Memórias da Segunda Guerra Mundial (1948); Triumph and Tragedy (1953); História dos Povos de Língua Inglesa (1956).

Frases de Winston Churchill. "O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade"; "Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir"; "É preciso coragem para se levantar e falar, mas também é preciso coragem para sentar e calar"; A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias". (1)

(1) https://www.ebiografia.com/winston_churchill/

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Winston Churchill dizia que a política requer pelo menos duas habilidades: 1) prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem e no ano seguinte; 2) é preciso explicar depois por que as previsões não se cumpriram. 

Repórter pergunta à esposa de Winston Churchill se os dois concordavam em todos os assuntos. Ela responde: "meu senhor, se nós pensássemos exatamente do mesmo modo, um de nós seria desnecessário". 

Há uma frase, atribuída a Churchill, mas cujo autor verdadeiro é desconhecido, que diz, em uma de suas variáveis: “aquele que não é socialista quando jovem não tem coração e aquele que continua socialista ao se tornar adulto não tem cérebro”.

Winston Churchill, Joana d’Arc, Jung, Abrão Lincoln e outros confirmaram sua convicção de que um poder misterioso os vigiava, agindo como guia, aguilhão ou instigador.

Acerca da poupança de energia, Wilson Churchill dizia: para que estar de pé quando podemos estar sentados? E para que estar sentados quando podemos estar deitados?