A criação de emprego é a base da
maioria das campanhas políticas. O fato de se realçar o emprego é fonte de
confusão. Aumentar emprego per si não significa progresso
econômico. O progresso econômico só será possível se houver aumento de produção
e, não só o aumento de produção, mas o aumento de produção per capita,
isto é, uma organização econômica mais eficiente.
Os que mais ajudam os outros são os que mais
recebem renda. Isso não é explorar o próximo, porque pagamos
quanto avaliamos o atendimento de nossas necessidades. Não resta dúvida que
estamos falando do aspecto puramente material. Nesse sentido, por que um
esportista ganha bastante? É que o espetáculo que ele proporciona vale o
dinheiro que despendemos para vê-lo em ação. Nota-se que, quando deixa de
atender às necessidades do público, ele sai de circulação.
A tecnologia não está tirando emprego, mas
remanejando o trabalhador. Observe que o computador, embora seja o vilão do
desemprego, está aumentando a produtividade da mão de obra. Suponha uma
secretária que tenha de escrever várias cartas. A sua produtividade com uma
máquina de escrever é bem inferior à utilização de um processador de texto, no
computador. De modo que temos de nos adaptar aos novos tempos. Ser renitente no
velho embota a mente para o novo.
Todos os governantes que aumentaram rapidamente a quantidade
de moeda provocaram inflação e prejudicaram a economia de seu país. É que com a
inflação não pensamos na geração de empregos voltados para a produção, mas
naqueles que permitem ganhar com a expectativa de inflação. Sem a inflação, os
empresários têm que diminuir custos pois os seus concorrentes poderão
afastá-los do mercado. Sua atenção volta-se para a produção real e não para a
especulação financeira.
A população estará cada vez mais rica se souber
aquilatar o grau de liberdade que lhe é dado na busca da propriedade privada. O
progresso econômico exige assim a obtenção e o uso racional da propriedade
privada. O que seria de Bill Gates, presidente da Microsoft, se não houvesse um
mercado de livre escolha? E se a Microsoft fosse uma empresa pública, será que
haveria todo esse progresso no campo da informática?
O progresso econômico, em síntese, é proporcionar
ao próximo a máxima satisfação com o mínimo de custo de produção.
Fonte de Consulta
GWARTNEY, J. D. e STROUP, R. L. O que Todos
Deveriam Saber sobre Economia e Prosperidade. Rio de Janeiro, Instituto
Liberal, 1994.
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