Anotações Extraídas do
livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo
Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Tese: Esforços que os Espíritos
superiores envidaram para manter intacta a área (em forma de um coração) do
Brasil.
"As noites de Cabral são
povoadas de sonhos sobrenaturais e, insensivelmente, as caravelas inquietas
cedem ao impulso de uma orientação imperceptível" (p.30)Jesus diz a Helil:
"afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde
se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada
eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades
secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e
exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os
espíritos". (p.32)
"Os Espíritos infelizes e
perturbados, inimigos da obra de Jesus, que, entretanto, se converterão um dia
ao supremo bem, pela sua infinita piedade, agem de preferência nos bastidores
administrativos dos dois grandes Estados brasileiros, provocando a vaidade dos
seus homens públicos, levantando tricas políticas e conduzindo-os, muitas
vezes, a lutas fratricidas e tenebrosas, no sentido de atrasar os triunfes
divinos do Evangelho, no coração de todas as almas". (p.63)
"A realidade,
todavia, é que a lição de Nassau fora preparada no plano invisível, para que os
colonizadores da terra brasileira recebessem um novo clarão no seu caminho
rotineiro e obscuro". (p.78)
"Sob a
orientação do mundo invisível, Portugal estabelece tratados comerciais, entre
eles, alguns como o de Methuen, que mais tarde se verificou ser ruinoso para a
indústria portuguesa, mas colocava o Brasil a salvo de lutas com o poderio da
Inglaterra. Toda uma ação espiritual se conjuga, harmoniosamente, nessa época,
e as falanges de Ismael e de Helil buscam, no silêncio e na obscuridade, o
grande coração de Antônio Vieira, que se constituiu poderoso organismo
mediúnico para as revelações de suas verdades". (p.86)
"Pelo tratado de
Methuen, assinado em 1703, a Inglaterra, cujo poderio marítimo se consolidava
depois dos grandes feitos das armadas de Portugal, da Espanha e da Holanda,
passaria a amontoar o ouro do Brasil, como principal fornecedora do primeiro e
de suas colônias. No capítulo financeiro, o Brasil era, de fato, uma das suas
fontes de riqueza, pois que todas as suas reservas se escoavam para o tesouro
inglês. Uma sábia disposição do mundo invisível regulamentara a questão dessa
forma, adotando essas providências para que a Pátria do Evangelho fosse
colocada a cavaleiro de novos choques de ambição, nos seus territórios. A
combinação de Methuen era ruinosa para a indústria portuguesa; mas, nos grandes
jogos dos interesses internacionais, semelhantes acordos se faziam necessários.
A Inglaterra ficaria com o ouro tangível, enquanto Portugal guardaria o ouro
imperecível dos corações, dilatando a sua fé e as suas fronteiras, eternizando
o patrimônio das suas tradições e das suas esperanças, no tempo e no
espaço". (p. 104 e 105)
"Tiradentes
entrega o Espírito a Deus, nos suplícios da forca, a 21 de abril de 1792. Um
arrepio de aflitiva ansiedade percorre a multidão, no instante em que o seu
corpo balança, pendente das traves do cadafalso, no Campo da Lampadosa. Mas,
nesse momento, Ismael recebia em seus braços carinhosos e fraternais a alma
edificada do mártir.
— Irmão querido —
exclama ele —, resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas
do nefando mister de inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito
obscuro e criminoso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do
Evangelho de Jesus. Passaras a ser um símbolo para a posteridade, com o teu
heroísmo resignado nos sofrimentos purificadores. Qual novo gênio surges, para
espargir bênçãos sobre a terra do Cruzeiro, em todos os séculos do seu futuro.
Regozija-te no Senhor pelo desfecho dos teus sonhos de liberdade, porque cada um
será justiçado de acordo com as suas obras. Se o Brasil se aproxima da sua
maioridade como nação, ao influxo do amor divino, será o próprio Portugal quem
virá trazer, até ele, todos os elementos da sua emancipação política, sem o
êxito incerto das revoluções feitas à custa do sangue fraterno, para
multiplicar os órfãos e as viúvas na face sombria da Terra..." (p. 122)
"— Anjo amigo —
interpelou um dos operários da luz naquela augusta assembleia —, estarão
enquadrados na lei divina os trágicos acontecimentos que se desenrolam na
Terra? Os tribunais se instalam para julgamentos sumários, que terminam sempre
por sentenças de morte. As preces das viúvas e dos órfãos elevam-se até nós,
nos mais dolorosos apelos, e, enquanto procuramos amparar esses irmãos com os
nossos braços fraternos, o banquete da guerra, presidido pelos ditadores,
prossegue sempre, como se obedecesse a uma fatalidade terrível dos destinos do
mundo.
— Irmãos — explica o
mensageiro —, o plano divino é o da evolução e dentro dele todas as formas de
progresso das criaturas se verificariam sem o concurso desses movimentos
lamentáveis, que atestam a pobreza moral da consciência do mundo. A revolução e
a guerra não obedecem ao sagrado determinismo das leis de Deus; traduzem o
atrito tenebroso das correntes do mal, que conduzem o barco da vida humana ao
mar encapelado das dores expiatórias". (p. 128)
"Logo, porém, ao seu primeiro contato com o Brasil, sob o influxo das falanges do Infinito, o príncipe generoso sente-se tocado da mais alta simpatia para com a Pátria do Evangelho.
Ainda na Bahia,
graças às suas relações com o Conde de Aguiar, ministro de D. João VI, José da
Silva Lisboa, mais tarde Visconde de Cairu, consegue do soberano a abertura de
todos os portos da colônia ao comércio universal. E note-se que semelhante
providência, a base primordial da autonomia brasileira, teve seus antecedentes,
indiscutivelmente, na atuação das forças espirituais que presidiam aos
movimentos iniciais da emancipação, porque, na convenção secreta de Londres, em
22 de outubro de 1807, um dos pontos essenciais que deveriam ser observados, em
troca da proteção de Jorge III à Casa de Bragança, no sentido de sua fuga para a
colônia distante, era o da abertura dos portos do Brasil à livre concorrência
da Inglaterra, reservando-se tal direito somente aos interesses britânicos. O
soberano e seus ministros conheciam essas estipulações, através de Lorde
Strangford; mas, com o auxílio das influências salutares do plano invisível,
reconsideraram a tempo o absurdo de semelhantes exigências e cuidaram de
realizar as primeiras aspirações dos patriotas brasileiros". (p. 135)
"— Meu irmão,
pondera Ismael sabiamente — o momento da emancipação brasileira não tardará no
horizonte de nossa atividade; todavia, precisamos articular todos os movimentos
dentro da ordem construtiva, a fim de que não se percam as finalidades do nosso
trabalho. O problema da liberdade é sempre uma questão delicada para todas as
criaturas, porque todos os direitos adquiridos se fazem acompanhar de uma série
de obrigações que lhes são correlatas. Cumpre considerar que toda elevação
requer a plena consciência do dever a cumprir; daí a delicadeza da nossa
missão, no sentido de repartir as responsabilidades". (p. 149)
"O perigo
iminente faz tremer o coração fraterno da cidade. Não fosse o auxílio do Alto,
todos os propósitos de paz se teriam malogrado numa pavorosa maré de ruína e de
sangue. Ismael açode ao apelo das mães desveladas e sofredoras e, com o seu
coração angélico e santificado, penetra as fortificações de Avilez e lhe faz
sentir o caráter odioso das suas ameaças à população. A verdade é que, sem um
tiro, o chefe português obedeceu, com humildade, à intimação do Príncipe D.
Pedro, capitulando a 13 de janeiro e retirando-se com as suas tropas para a
outra margem da Guanabara, até que pudesse regressar com elas, para
Lisboa". (p. 155)
"O imperador,
apesar das suas paixões tumultuárias e das suas fraquezas como homem, possuía
notável acuidade, em se tratando de psicologia política. Os estudiosos, que
viram na sua personalidade somente o amoroso insaciável, muitas vezes não lhe
reconhecem o espírito empreendedor na direção das coisas públicas, inaugurando
a era constitucional do Brasil e Portugal, com as suas valorosas iniciativas.
São de lamentar os seus transviamentos amorosos e a tragédia da sua vida
conjugal, quando ao seu lado tinha uma nobre mulher, cujas renúncias e
dedicações se elevavam ao heroísmo supremo; mas, nos instantes em que seu
coração se tocava das ideias generosas, criando-lhe no íntimo um estado
receptivo propício às inspirações do mundo invisível, as falanges de Ismael
aproveitavam o minuto psicológico para auxiliá-lo na tarefa de consolidação da
liberdade da Pátria do Evangelho. Foi assim que muitos decretos saíram de suas
mãos, objetivando, inegavelmente, a tranquilidade geral". (p.168)
Depreende-se que,
apesar dos receios políticos e econômicos, os Espíritos protetores estão de
guarda e auxiliarão naquilo que for melhor para o nosso progresso material e
espiritual.
Uma prece
Senhor, sabemos que
as questões materiais, políticas e econômicas devem ser resolvidas por nós
mesmos, principalmente pelo uso de nossa inteligência e pelo conhecimento
técnico das leis econômicas e políticas
De qualquer forma,
pedimos que o Senhor, juntamente com os Espíritos superiores, possa influenciar
positivamente o eleitor brasileiro, no sentido de cumprir o seu dever cívico,
votando conscientemente e de livre vontade, naquele candidato que ele entenda
ser o mais capacitado para nos dirigir durante os quatro próximos anos.
Relembremos a mensagem
"Prudência" por ocasião da Copa do Mundo
Aquietemo-nos! Relembram os Instrutores Espirituais.
A transição recomenda prudência.
A Pátria do Cruzeiro, com a responsabilidade de representar a
fraternidade na Terra, está diante dos olhos do Mundo que aproveitando a
ocasião dos jogos redescobre o Brasil.
Colocamo-nos, nesse momento, à disposição dos benfeitores, para pedir as
bênçãos para nossa gente, para nossa terra, para nosso torrão Natal. E
percebemos o cuidado dos Espíritos Nobres que representam os Pais da Pátria,
para zelar pelo equilíbrio, pela prudência e pela ordem.
Os benfeitores nos recomendam prudência. Aquietarmos antes de
acelerarmos; paciência, antes que a preocupação maior; oração, antes que o
receio.
Os nossos Amigos Maiores pedem que nos habituemos nesses dias: amanhecer
orando pela Pátria; durante o dia, mentalizar a paz na Pátria; ao adormecer,
orar pelo equilibro da Pátria, porque o mundo espiritual nobre, certamente,
cuidando de nós, cria as condições de defesa para que os acontecimentos ocorram
com equilíbrio, para que a ordem não se deixe vencer pela desordem, para que a
prudência nos conduza com equilíbrio à condução do processo das mudanças
necessárias.
Os irmãos infelizes, acostumados à balburdia, à desordem no mundo
espiritual inferior, querem aproveitar, também, no seu trabalho organizado,
chamar atenção do mundo, para desmoralizar o grande Programa de Jesus para o
Brasil.
Por isso, em nome deles, nós queremos pedir aos nossos companheiros o
hábito da oração em favor da paz.
Teremos, certamente, preocupações graves que devem esperar de nós e
receber das nossas orações o testemunho do equilíbrio, para que as forças do
mal não encontrem espaço também em nós.
Os espíritas conhecedores desses acontecimentos, da ação dessas
criaturas infelizes, nossos irmãos, devemos estar conscientes de que
representamos elos da grande corrente da Bondade que protege o grande programa
que o Cristo de Deus colocou nas mãos do povo Brasileiro.
Estejamos, pois, meus irmãos, atentos, não sejamos aqueles que
multipliquem as más informações e notícias, mas asserenados, aquietados, nos
liguemos aos benfeitores, nesse momento importante, para que possamos
transmitir para o Mundo inteiro a nossa gente tão boa, a expectativa de um
ambiente de paz e de um povo ordeiro e generoso, e sobretudo Cristão.
Orando juntos, estaremos ligando as forças vivas da bondade, que emana
do coração do nosso mestre, o Cristo de Deus, estaremos oferecendo aos nossos
dirigentes encarnados, aqueles homens e mulheres que têm a incumbência de zelar
pelo equilíbrio e pela orientação política, econômica, social do Brasil, para
que os acontecimentos, que possam ocorrer, não perturbem a generalidade da
Nação, e para que o programa do Cristo se faça maior do que os transtornos, e
para que, de um modo geral, todos nós contribuamos para a paz.
Mantenhamo-nos aquietados, confiantes, vigilantes e orando,
entregando-nos às mãos santíssimas de Jesus de Nazaré.
O Anjo Ismael, aqui, na Federação Espírita Brasileira, organizou
programa de trabalho intenso, com os espíritos que representam os dirigentes
espirituais do Brasil, para estabelecer nos pontos estratégicos, em Brasília,
nas demais cidades importantes do País, as defesas geradas, necessárias para a
vigilância e para que a ordem não se perturbe.
Não tenhamos receios, confiemos atentos.
Os momentos políticos que vive o planeta não têm como não refletir no
Brasil, e representando o foco do Mundo nesses dias é importante que estejamos
aqui na nossa Casa, oferecendo o melhor ambiente vibratório de beleza
espiritual, para que o Anjo Ismael possa cumprir, com o apoio dos Espíritos
Nobres, o programa de Jesus.
Os momentos recomendam prudência, como dizíamos, e cuidado.
Oremos meus irmãos e mantenhamo-nos em paz.
Que Jesus abençoe a Pátria que amamos, que o Cristo de Deus ilumine as
consciências das nossas autoridades, que os ambientes dos jogos sejam
protegidos pelas forças da luz, e que a nossa certeza na condução dessas
energias nobres faça de nós também instrumento da paz.
Que o Cristo de Deus nos abençoe, abençoe a Federação Espírita
Brasileira, abençoe o nosso País, e nos inclua no grande programa dos
trabalhadores do Bem.
Abraço-vos, fraternalmente,
José do Patrocínio.
(De gravação de psicofonia pelo médium João Pinto Rabelo, na reunião do
Grupo de Assistência e Apoio aos Povos da África, na sede da FEB, no dia 10 de
maio de 2014)
Fonte: www.febnet.org.br
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