03 dezembro 2024

Felipe Gimenez e o PL (Projeto de Lei) 1169/2015 do Voto Impresso

Em sessão na CCJ, procurador diz que STF “decide” as eleições.

O procurador Felipe Gimenez, do Estado do Mato Grosso do Sul, profissional do Direito, é um estudioso da hermenêutica constitucional. Sua função é representar o Estado do Mato Grosso do Sul. Faz isso há 30 anos.

O procurador Felipe Gimenez, do Mato Grosso do Sul, disse na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados que “são os ministros do STF [Supremo Tribunal Federal] quem decidem as eleições”. A fala se deu durante a audiência pública sobre o PL (Projeto de Lei) 1169/2015 do voto impresso em 28/11/2024.

Começou criticando o ministro do STF/TSE Kássio Nunes Marques, que já tinha se retirado da sessão, e não tinha dito nada sobre a Ciência do Direito. É que há 28 anos este Congresso discute informática, matemática, probabilidade.

As proposições racionais deste assunto estão na Ciência do Direito, que aborda temas, tais quais: democracia, cidadania, voto, princípio constitucional, publicidade, cláusulas pétreas. Nesse sentido, quando os ministros do STF repelem o que vocês fazem aqui, fazem-no pela falácia jurídica. São eles que controlam a eleição. É a falácia de que voto e sufrágio são a mesma coisa.

Voto é compromisso. Sufrágio é uma expressão metafórica que remete a uma decisão tomada debaixo da autoridade. São eles que apuram a vontade majoritária — só eles sabem como se protege a apuração da vontade majoritária.

A Constituição de 1988 deu-lhe esse poder. Eles não querem perder o poder de controlar o destino de um país continental.

Auditoria é audire, isto é, ouvir o outro. No caso, porém, do STF/TSE, eles ouvem a si próprios. É o próprio agente de justiça eletrônica que fiscaliza a si mesmo. Olhar o que uma máquina faz não significa que eu sei o que a outra faz.

Público é atributo do ato não do agente. Público é o que está na compreensão do povo. Desde 1996, nossa eleição é ILEGAL, INCONSTITUCIONAL, ANTIDEMOCRÁTICA E FASCISTA, ou seja, aquilo que era do povo passou a ser do Estado, para o Estado e pelo Estado.

Se o voto é eletrônico (elétrons), se o voto não tem matéria, ele não existe. Sabe por que eles dizem que não há fraude? O próprio voto não existe.

A sessão também contou com a presença do desembargador do Distrito Federal Sebastião Coelho e de representante do Fórum do Voto Eletrônico, o engenheiro Amílcar Brunazo. Coelho afirmou que “não podemos confiar nas pessoas que controlam as máquinas”, mas elogiou a ida de Nunes Marques à sessão. Disse que o judiciário “ignora” convites do legislativo para debater o sistema eletrônico das eleições...

Para mais informações, acesse: https://youtu.be/G7JMcZ9Uufk?list=RDNSG7JMcZ9Uufk