28 outubro 2009

Combatendo os Sofismas Políticos

O sofisma, que é um raciocínio falso com aparência de verdadeiro, está invariavelmente presente no meio político. Ele pode ser proferido tanto pelo presidente da República quanto pelo menor dos seus servidores. Para combatê-lo, basta simplesmente aplicarmos o raciocínio lógico, verificando se a conclusão coincide com os argumentos apresentados. Lembremo-nos de que os números não mentem, mas podemos mentir com eles.

O sofisma pode ser comparado à moeda falsa. Na moeda falsa, há o fabricante, o distribuidor e o aceitante. No argumento falso, há a má-fé, a temeridade e o erro sem culpa. Em se tratando da moeda falsa, ao fabricante é imputado o maior grau de culpa. No sofisma, a má-fé é própria de quem forja o sofisma, mais do que aqueles que o admitem e o propagam

A moral elevada não tem o poder de anular um raciocínio falso. Acreditar que um sofisma pode ser mais ou menos sopesado, porque quem o disse foi um homem de moral ilibada, em nada tira o viés do pensamento. Em todos os casos, a lógica deve prevalecer, pois pode analisar qualquer questão. Do mesmo modo que o orador preparado fala sobre qualquer tema, o indivíduo que usa a lógica pode discutir sobre qualquer assunto

O combate ao sofisma deve se basear na demonstração da verdade. Diante dela todos somos iguais. Observe, na política, as campanhas veladas dos governantes. Todos estão em campanha, mas não podem dizer que estão por que a lei não permite que o digam. Palanques são montados para inaugurar obras que ainda não saíram do papel. Depois de feito, dizem que o ato não representa uma campanha política, mas inauguração do que o governo está fazendo

Reflitamos sobre os sofismas políticos, a fim de não sermos enganados pelos que os professam. Há muita dubiedade e metáfora na fala política. Diz-se uma coisa para se entender outra. Diante da argumentação, apliquemos o raciocínio lógico. O mundo está aí. Quanto a nós, procuremos a verdade que, muitas vezes, está no fundo. Por isso, diz-se que para encontrá-la é preciso cavar muita terra.




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