"Eu estava
chateado porque não tinha fax no carro, até que vi um homem que não tinha
celular."
O psicólogo Barry
Schwartz discute, em seu livro Paradoxo da Escolha, o dogma
oficial das sociedades industriais ocidentais: "Se quisermos maximizar o
bem-estar dos nossos cidadãos, o caminho é maximizar as liberdades
individuais."
A sua crítica começa
da seguinte maneira: em geral, partimos do pressuposto de que mais opções
ampliam as nossas alternativas e nos possibilitam um grau maior de satisfação.
É preciso refletir
sobre a quantidade dessas opções em termos da nossa liberdade individual e de
nossa autodeterminação. Qual o limite em que o mais se torna prejudicial?
Quer queiramos ou
não, há um mundo infinito de opções à nossa frente. Quando estamos comprando uma
calça jeans, alimentos para a nossa refeição, buscando uma escola para os
nossos filhos... estamos exercitando a escolha.
O economista,
filósofo e ganhador do Prêmio Nobel, Amartya Sen, no livro Desenvolvimento
como Liberdade, distingue a importância da escolha, em si, do papel
funcional que ela desempenha em nossas vidas. Em vez de incentivar a postura
fetichista com relação à liberdade de escolha, devemos perguntar a nós mesmos
se ela nos fortalece, ou nos rouba, se nos dá mais mobilidade ou nos cerceia,
se aumenta ou diminui o respeito próprio e se possibilita ou impede nossa
participação na vida da comunidade.
11 recomendações para
um boa escolha:
1) Escolha quando
escolher;
2) Aprenda a
escolher, não seja um catador;
3) Contente-se mais
com o suficientemente bom e maximize menos;
4) Pense nos custos
de oportunidade dos custos de oportunidade;
5) Tome
decisões irreversíveis;
6) Cultive uma
"atitude de gratidão";
7) Arrependa-se
menos;
8) Antecipe a
adaptação;
9) Controle as
expectativas;
10) Reduza a
comparação social;
11) Aprenda a gostar
das restrições.
Fonte de Consulta
SCHWARTZ,
Barry. O Paradoxo da Escolha: Por que Mais e Menos. Tradução de
Fernando Santos. São Paulo: Girafa, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário