"A inovação
eficaz é a novidade que baixa o custo e o preço de um bem e de um serviço, e,
deste modo, aumenta o produto global de que uma economia dispõe, calculado em
preço corrente." (F. Perroux)
Inovação. Em sentido amplo,
engloba uma gama enorme de considerações desde a psicologia até as ideologias
de governo. Em sentido técnico, inovação tecnológica é um processo que abrange
a concepção, definição, produção, utilização e difusão de um novo produto,
processo produtivo ou sistema de produção. Em economia, inovação é o estabelecimento
de uma nova função de produção com mais produtividade.
No estudo da
inovação, devemos fazer uma distinção entre a invenção,
a descoberta e a inovação propriamente
dita. A invenção consiste em criar algo que ainda não existe. A descoberta consiste
em encontrar algo que já existia, mas ainda não conhecido. A inovação foi
estudada no âmbito de rendibilidade por economistas e sociólogos. O seu intuito
é modificar para melhor o sistema de produção, tornando-o mais eficiente, mais
produtivo.
Joseph Schumpeter é
considerado um dos grandes teóricos da inovação, principalmente em função de
sua tese da "destruição criadora". Como entendê-la? Uma vez
assimilada uma dada inovação, há um "enxame" de novos inovadores
oferecendo processos de produção mais eficientes. Isso acarreta um excesso de
oferta de inovação no processo produtivo geral. A consequência é uma inflexão
das curvas de demanda e uma paralisação do ciclo produtivo. Com isso, há uma
destruição dessas inovações para darem lugar a inovações mais produtivas e
eficientes.
Schumpeter distingue
cinco tipos de inovação: 1) o fabrico de um novo bem; 2) a introdução de um
novo método de produção; 3) a abertura de um novo mercado, quer dizer, o fato
de um indústria conquistar um mercado em que anteriormente não vendia; 4) a
conquista de uma nova fonte de abastecimento em matérias-primas; 5) a
realização de uma nova forma de organização da produção.
A inovação está mais
para o fracasso do que para o êxito. Há o risco de demanda, o risco comercial,
o risco tecnológico, o risco organizacional. Nesse sentido, o químico Humphry
Davy disse: "As minhas descobertas mais importantes me foram sugeridas por
meus próprios fracassos". Ford, por seu turno, argumentou: "O
fracasso é a única oportunidade de começar de novo de uma maneira mais
inteligente". A incerteza é o elemento propulsor da inovação. Em muitas
ocasiões, entra em ação a inspiração e a intuição do inovador, como uma espécie
de percepção extra-sensorial.
Um exemplo prático: a
desafiadora busca por inovação pela IBM em toda a sua história. Ela auxiliou na
descoberta e no desenvolvimento de supercomputadores, semicondutores e
supercondutividade. Gasta bilhões de dólares em inovação: registra mais
patentes do que qualquer outra empresa e seus funcionários já
ganharam cinco prêmios Nobel. Os programas de recompensas e
reconhecimento são essenciais para promover a inovação. A IBM possibilita que
seus funcionários, familiares e outros participem das sugestões que são pedidas
online.
Muitas inovações não
são aceitas por causa da rede mundial de comércio. Observe a invenção do carro
elétrico. O sistema mundial ligado ao petróleo acabou impedindo de ele
prosperar.
Fonte de Consulta
DODGSON, Mark e GANN,
David. Inovação. Tradução de Iuri Abreu. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2014. (Coleção L&PM POCKET, v. 1164)
POLIS - ENCICLOPÉDIA
VERBO DA SOCIEDADE E DO ESTADO. São Paulo: Verbo, 1986.
THINES, G.,
LEMPEREUR, A. Dicionário Geral das Ciências Humanas. Lisboa:
Edições 70, 1984.
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