03 julho 2015

Corrupção e Princípio da Ação

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"O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente." (Lord Acton)

O princípio de uma ação está preso ao modo de o sujeito pensar. Exemplo: barbear-se ou deixar de se barbear é um princípio de ação. Uma vez determinada, a pessoa andará barbuda ou com a barba feita. Podemos ter pensamentos próprios e de terceiros. Quando falta o poder de autocrítica, uma pessoa ou um conjunto de pessoas pode aceitar passivamente os pensamentos de terceiros, principalmente os midiáticos. Daí o sujeito responde quase que inconscientemente ao estímulo vindo de fora.

A corrupção, em termos políticos, é a falta de honestidade que acompanha o desempenho de determinadas funções administrativas. Tornou-se endêmica no Brasil dos últimos anos: os jornais televisivos e impressos têm grande pauta voltada para esse mal. A corrupção está ativa em várias áreas da sociedade, transparecendo que é um fenômeno normal. Basta ver como as pessoas que se locupletaram do dinheiro público falam em sua "colaboração premiada".

A Operação Lava Jato começou, em março de 2014, num posto de gasolina. Inicialmente despretensiosa, foi tomando vulto e presentemente estamos na 15.ª fase. A evolução das fases só foi possível porque, as pessoas envolvidas no esquema de propina, concordaram com "colaboração premiada", chamada pela mídia de "delação premiada". A nossa reflexão diz respeito ao início, ao princípio da ação. Se, no início, tivesse sido descartada, não teríamos a existência desse processo atual.

Diz-se que a justiça demora, mas não deixa de alcançar o culpado. Sócrates, Platão, Aristóteles e outros pensadores nos ensinaram que a verdade não pode ser contestada, pois no justo momento que a estivermos refutando, seremos refutados por ela. Estas duas observações nos remetem à Lei Natural, lei criada por Deus, que está impressa em nossa consciência. A função desta lei é encaminhar o ser humano pela senda do progresso, cujo esforço pessoal deve ser a prática do bem.

A lei natural foi impressa em nossa consciência. Podemos ignorá-la, esquecê-la, mas ela aí está. Sob esse mister, Jesus já dissera em seu Evangelho que "Nada há de oculto que não venha a ser revelado, e nada em segredo que não seja trazido à luz do dia. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!” Eis uma grande sugestão para o princípio da ação. Nada fica incólume diante da divindade. Um dia vem à tona e teremos que responder pelos atos bons ou maus.

Remodelemos o nosso pensamento tendo por base a lei de justiça, amor e caridade. 



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