29 dezembro 2025

Economia Brasileira: Pib e Renda per Capta

O Brasil, tendo à disposição uma área territorial extensa, a maior reserva absoluta de água doce do mundo e, também, a maior reserva de água limpa per capita, além da abundância de recursos naturais variados, não tem sido capaz de se aproximar do conjunto dos países desenvolvidos, composto pelos 30 países de maior renda por habitante entre as 193 nações filiadas à Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil está na 11ª colocação entre as maiores economias do mundo. Isso pelo lado do PIB, pois seu valor é de US$ 2,2 trilhões/ano para uma população de 212 milhões de habitantes; isso resulta em um PIB por habitante de US$ 10,4 mil dólares. Nos Estados Unidos, esses mesmos dados indicam um PIB de US$ 29 trilhões para uma população de 340 milhões de habitantes, o que dá US$ 85,3 mil dólares de PIB per capita ao ano.

Quando se divide o PIB pelo total de habitantes, o Brasil fica em torno da 65ª posição, a depender do momento em que a medida é compilada. Veja-se o caso da Dinamarca: o país europeu tem um PIB de US$ 465 bilhões, o que indica uma economia pequena, em 41º lugar entre os maiores PIBs do mundo. Mas, com população próxima de 6 milhões de habitantes, a renda por habitante no país é de US$ 77,6 mil, o que dá à Dinamarca o nono lugar no ranking do desenvolvimento econômico pelo critério da fração da renda nacional para cada habitante do país.

A economia brasileira é grande em termos absolutos, mas pequena em comparação com as economias desenvolvidas, refletindo limitações estruturais e baixo avanço científico e tecnológico. O crescimento do PIB não supera de forma consistente o aumento populacional, o que dificulta a melhoria do desenvolvimento. Soma-se a isso a baixa inserção internacional do país e a pouca participação no comércio mundial. A insuficiência em inovação, pesquisa e produtividade limita o potencial de expansão econômica. Assim, o Brasil permanece distante dos padrões de renda e progresso das nações desenvolvidas.

Outro entrave central é a baixa produtividade dos impostos, decorrente de gastos públicos ineficientes, corrupção e inchaço estatal, que geram serviços precários frente à elevada carga tributária. A instabilidade política, insegurança jurídica e regras econômicas imprevisíveis desestimulam investimentos e crescimento. Predominam ações reativas do Estado, voltadas a corrigir problemas internos, em vez de políticas ativas voltadas à expansão produtiva e à inovação. A fuga de capitais e os baixos investimentos em infraestrutura reforçam esse cenário. Como consequência, o país cresce pouco e mantém elevados déficits sociais.

Fonte de Consulta

Editorial Gazeta do Povo — Em: https://luizberto.com/economia-brasileira/


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