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19 agosto 2009

Aristocracia

Aristocracia é a forma de governo em que o poder supremo está exclusivamente confiado a um pequeno número de cidadãos. Vem do grego aristos, que designava a um tempo o alto nascimento, a posse de riquezas e a excelência pessoal. Teoricamente, o governo de poucos devia ser dirigido para a realização do bem de todos. Se, porém, os interesses da maioria são sacrificados em favor da minoria, temos a degeneração deste regime político.

A aristocracia cabia bem ao espírito grego, porque a consideravam como liberta dos perigos do despotismo e da demagogia. Platão, em A República, dizia que o poder aristocrático devia ser exercido pelos filósofos, pois eram as pessoas mais bem preparadas para as funções de governo. Historicamente, a aristocracia de fato apareceu quase que exclusivamente na Grécia, porque os senados eram formados pelas famílias mais nobres e mais ricas do Estado.

Na Idade Média, se bem que o poder estava nas mãos de poucos, os senhores feudais, em seus feudos eram o único senhor a decidir. A aristocracia ressurge no Estado moderno, mas com outra roupagem, totalmente diferente daquela vista na Grécia e Roma antigas. Nos tempos modernos, a aristocracia significou mais um monopólio de títulos do que o exercício do poder político. A própria Inglaterra, durante o século XVIII, foi aristocrata, mas parlamentar, pois tanto o rei quanto o parlamento estavam submetidos a um pequeno número de grandes famílias do partido.

Lembremo-nos de que "todo poder corrompe e todo poder absoluto corrompe absolutamente". Segundo Platão, o poder aristocrático pode degenerar em poder timocrático, que é o governo baseado na apropriação de terras e de casas. Pode também degenerar em poder oligárquico, em que somente os ricos mandam. Chefes de Estado não faltaram para essa degeneração.

O poder, a riqueza e a autoridade são bens que nos chegam às mãos, não para o nosso benefício próprio, mas para a promoção do bem-estar da comunidade em que vivemos.

 

02 julho 2008

Poder e Poder Político

poder é essencialmente potência. Pode ser visto sob três ângulos: a) como capacidade ou faculdade natural de agir; b) como faculdade moral ou legal de agir, ou ainda, o direito de fazer determinada coisa; c) como autoridade, ou seja, os órgãos que exercem o poder, o governo.

poder político, do grego kratos, significa força de coesão social. Institui-se em diferentes graus: monarquia, oligarquia e democracia. Na monarquia, o poder é exercido por um único homem, denominado rei, soberano ou déspota; na oligarquia, o governo é de poucos; na democracia, o povo é quem governa através de seus representantes. Em certo sentido, todos os governos são oligárquicos, porque são poucos os que governam. O mal, no entanto, não está na oligarquia propriamente dita, mas nos grupos de pressão oligárquicos.

Dizemos que A exerce poder sobre B, quando A afeta os interesses contrários de B. embora todos nos afetamos uns aos outros, convém verificar o quão significativamente A influencia B. Alguns cientistas políticos anotaram as ideias divulgadas nos grupos sociais. Depois, relacionaram seus autores ao número de vezes que as suas ideias foram veiculadas. Puderam, assim, objetivar quem governa quem numa comunidade.

Na sociedade moderna, o poder econômico tem dificultado o exercício do poder político. São grupos de pressão, geralmente monopolistas, que falseiam a atividade econômica, submetendo-a aos seus interesses privados. Ao mesmo tempo, induzem os parlamentares a tomarem decisões a seu favor, originando as falcatruas e corrupções de toda sorte. Nesse sentido, a política, cujo objetivo é a obtenção do bem comum, fica conspurcada.

O verdadeiro estadista fica estupefato ante a normalidade dos meios ilícitos. Sabe que é preciso mudar, porém como os automatismos negativos foram sedimentados ao longo do tempo, nem sempre consegue tal intento. Por isso, um projeto radical de educação se faz necessário, caso queiramos mudar a sociedade e acabar de vez os abusos do poder, tanto ao nível privado como ao nível público.

O exercício de cidadania é apanágio do cidadão. Omitindo-nos, deixamos que os outros decidam por nós. Procuremos, assim, apontar os caminhos corretos, a fim de construirmos a verdadeira democracia.