Sem o pão material ninguém permanece vivo, sem o surgimento
da agricultura, nada seria possível, e indústria, cidade, entretenimento, luxo,
riqueza etc. seriam inviáveis. Em outras palavras, a descoberta da agricultura é
responsável por todo o processo de evolução decorrido em nosso planeta desde
tempos longínquos.
O início da agricultura só aconteceu depois da Era do Gelo,
há 8000 a. C. Com o aquecimento da Terra, as camadas de gelo que cobriam a
maior parte do norte da Eurásia e da América do Norte começaram a derreter e,
com isso, liberaram grandes quantidades de água doce, propiciando as condições necessárias
para a vegetação, como também para as florestas e pradarias.
Em termos históricos, os nômades foram os primeiros
habitantes a se valerem da caça e da pesca. Quando essa matéria prima se
tornava escassa, eles procuravam outra região para ser explorada. O surgimento
da agricultura tornou-os sedentários. A consequência imediata desse
procedimento foi a produção de um excedente agrícola, que possibilitou o aparecimento
de outros tipos de atividade, tais como, a do sacerdote, do filósofo, entre
outras.
A domesticação dos animais foi uma das principais consequências
do surgimento da agricultura, e o cão, que é descendente do lobo, foi o
primeiro desses animais. Lembremo-nos de que os cães foram usados como animais
de guarda e caça muito antes de os humanos se tornarem sedentário. Só mais
tarde, quando as culturas aráveis tiveram início, é que começou a criação de
animais para uso na alimentação.
Com o passar do tempo, os países foram se especializando
num tipo de cultura: trigo e cevada eram os cereais básicos no Crescente
Fértil; o milho, nas Américas; o sorgo, na África subsaariana; o painço, no
norte da China; e o arroz no sul da China. Feijão, inhame, batata, abóbora e
pimentão se desenvolveram em outras partes do mundo.
Fonte de Consulta
Crofton, Ian. 50 Ideias de História do Mundo que você Precisa Conhecer. Tradução de Elvira Serapicos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2022.
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