A Democracia Americana é fruto de uma viagem de nove meses pelos Estados Unidos na
qual Tocqueville conheceu e registrou todos os aspectos relevantes da sociedade
americana. Após seu retorno à França, em fevereiro de 1832, escreveu Da
Democracia na América. A obra foi impressa inúmeras vezes ainda no
século XIX e acabou por tornar-se um clássico. A obra completa é vasta, com
mais de mil páginas.
Em setembro de 1848, num discurso na Assembleia Constituinte
da França, ele argumentou que os ideais da Revolução Francesa de 1789 traziam
implícitos um futuro democrático para a França e a rejeição do socialismo.
Tocqueville atacou o socialismo: 1) argumentou
que o socialismo jogava com as "paixões materiais dos homens" — sua
meta seria a geração de riqueza; ignoraria os mais elevados ideais humanos como
a generosidade e a virtude; 2) o socialismo minaria o princípio da propriedade
privada, elemento vital para a liberdade; 3) o socialismo desprezava o indivíduo.
Em síntese, enquanto a democracia
pretendia aumentar a autonomia pessoal, o socialismo a reduziria, ou seja, o socialismo
e a democracia jamais poderiam seguir juntos.
KELLY, Paul... [et al]. O
Livro da Política. Tradução Rafael Longo. São Paulo: Editora Globo, 2013.
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