A lógica do Cisne
Negro: o Impacto do Altamente Improvável
é um livro escrito por Nassim Nicholas Taleb, com tradução de Marcelo Schild e
revisão técnica Mário Pina. Editado pela Best Seller, em 2015, copyright de 2007.
Os cisnes brancos faziam parte de uma crença
inquestionável por ser absolutamente confirmada por evidências empíricas. Com
a descoberta da Austrália, observou-se o aparecimento dos cisnes negros. Percebe-se,
assim, que o Cisne Negro é um Outlier [de
valor atípico, discrepante], pois está fora do âmbito das expectativas
comuns. Nesse sentido, manias passageiras, epidemias, moda, ideias, a
emergência de gêneros e de escolas artísticas seguem essa dinâmica do Cisne
Negro.
A ideia central deste livro é realçar a cegueira da
humanidade em relação à aleatoriedade, particularmente os grandes desvios. Citemos,
como exemplo, a derrubada das Torres Gêmeas do World Trade Center, nos
Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, em que cerca de 2.500 pessoas foram
mortas diretamente pelo grupo de Bin Laden. Outro exemplo: a tsunami no oceano
Pacífico em dezembro de 2004. Caso fosse esperado, não teria causado os
estragos que causou.
A lógica do Cisne Negro torna o que você não sabe
mais relevante do que aquilo que você sabe. Assim, muitos Cisnes Negros podem
ser causados ou exacerbados por serem inesperados. Para o autor, um evento raro
equivale a incerteza, por isso este é um livro sobre incerteza.
Taleb acha que há duas maneiras de abordarmos o conhecimento. A primeira é excluir o extraordinário e concentrar-se no “normal”. O
examinador deixa de lado as “peculiaridades” e estuda casos comuns. A segunda
abordagem é considerar que para que se possa compreender um fenômeno é
necessário levar em conta primeiro os extremos — especialmente se, como o Cisne
Negro, eles carregarem um efeito cumulativo extraordinário.
Resumindo: "neste ensaio (pessoal), corro riscos e
declaro, contra muitos de nossos hábitos de pensamento, que o mundo é dominado
pelo extremo, pelo desconhecido e pelo muito improvável (improvável segundo
nosso conhecimento corrente) — e que passamos o tempo todo envolvidos em
minúcias, concentrados no conhecido e no que se repete".
Jean-Olivier Tedesco, futuro novelista e amigo do autor, advertiu-o: “Não corro para pegar trens.” O que isso significa? Ao nos recusarmos a correr para pegar trens, sentimo-nos donos do nosso tempo, da nossa agenda e da nossa vida. "Perder um trem só é doloroso se você correr para pegá-lo! Da mesma forma, não estar de acordo com a ideia de sucesso que as pessoas esperam de você só é doloroso se for isso que estiver procurando".
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