10 agosto 2025
06 agosto 2025
Liberdade de Expressão
Liberdade de
expressão é o direito que toda pessoa tem de manifestar
livremente suas opiniões, ideias e pensamentos, sem sofrer censura,
punição ou interferência do governo ou de outros grupos.
Esse direito está previsto em diversas
constituições e tratados internacionais de direitos humanos. Exemplo: Artigo 19 da Declaração
Universal dos Direitos Humanos; Artigo 5º da Constituição Federal do
Brasil, especificamente nos incisos IV e IX, asseguram a livre manifestação do
pensamento e a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica
e de comunicação, respectivamente, sem censura ou licença.
Esse direito é absoluto? Não. Há limites legais,
especialmente quando entra em conflito com outros direitos fundamentais.
Exemplo: direito à honra, à privacidade e à imagem das pessoas, bem
como toda forma de discriminação, tais como, racismo, incitação à
violência, entre outros.
Dada uma ideia, podemos abstrair que ela seja verdadeira, falsa ou mistura
das duas.
Ideia verdadeira — Sem a liberdade de expressão, essa
verdade ficaria silenciada e ficaríamos privados de conhecê-la. Galileu, por
exemplo, teve que negar uma verdade por causa da pressão da Igreja. Quando uma
pessoa persegue outra — de forma violenta —, para silenciá-la, na maioria das vezes,
desconfia que as suas ideias sejam verdadeiras, mas gostaria que não fossem.
Sobre a ideia falsa — Em vez de mostrarmos má vontade,
deveríamos tolerar quem acredita no que consideramos inaceitável, incômodo,
perigoso e ofensivo. Em geral, é comum ouvir gritos de silenciamento e não
sinais de acolhimento. Quando defendemos com excesso de zelo as ideias que
acreditamos, deduz-se que deverá haver um silenciamento da ideia
contrária.
Mistura das duas — Quando as ideias misturam a verdade
e a falsidade, precisamos de discussão cuidadosa e aberta para distinguir umas
das outras. (Desiderio Murcho. Filosofia ao Vivo. Rio de Janeiro:
Oficina Raquel, 2012.)
29 julho 2025
Planejamento e Ordem Espontânea
A economia clássica pressupunha que o equilíbrio de mercado se daria de forma espontânea.
Na Segunda Guerra Mundial, observou-se um aumento considerável do
desemprego. Em vista disso, Keynes concluiu que a solução para esse desemprego involuntário
fugia ao controle dos trabalhadores e das empresas. Nesse caso, a solução seria
o governo gastar mais na economia, de modo que a procura global de produtos crescesse,
e isso estimularia as empresas a admitir mais trabalhadores. Hayek, Mises — e
a Escola Austríaca — eram contrários.
Hayek, em seus textos, defendia o liberalismo clássico: apoio aos
mercados livres, apoio à propriedade privada e profundo ceticismo com a
capacidade dos governos de moldar a sociedade. Em seu livro, O Caminho da servidão, diz que todas as
tentativas de impor uma ordem coletiva na sociedade estão fadadas ao fracasso,
pois todo o autoritarismo atua contra “ordem espontânea” do mercado; ele só
pode ocorrer com certo grau de força ou coerção.
Tanto Hayek quanto Mises achavam que os governos autoritários não se
informam sobre o funcionamento do mercado e, nesse sentido, o planejamento está
destinado a fracassar. Mises, por exemplo, disse que o socialismo — no sentido
de planejamento central — não é viável economicamente. Não há meios racionais de
precificação dos produtos. É a “abolição da economia racional”. Só o mercado
livre, com propriedade privada, pode propiciar a base das decisões de preço
descentralizados que uma complexa economia moderna exige.
Margareth Thatcher, no Reino Unido, e Ronald
Reagan, nos Estados Unidos, praticaram o neoliberalismo, que segue os pontos
das Escola Austríaca.
Fonte de Consulta
O Livro da Economia. Tradução Carlos S. Mendes Rosa. São Paulo: Globo 2013.
24 julho 2025
Peste Negra
A Peste Negra, ou peste bubônica, foi uma epidemia ocorrida entre 1347 e
1351 — uma ocorrência devastadora — que consumiu a vida de 75 a 200 milhões de pessoas
na Europa, Ásia e norte da África. Saliente-se que, em apenas dois anos, essa
peste letal matou mais de um terço da população da Europa e do Oriente Médio,
alterando o cenário econômico, social e religioso da região para sempre.
A causa reside na bactéria Yersinia
Pestis, transmitida por pulgas de ratos infectados. Apresenta-se de três formas:
1) bubônica — a mais comum — causava
inchaços (bubões) dolorosos nos gânglios linfáticos; 2) septicêmica, que é a infeção no sangue; 3) pneumônica, que atingia os pulmões e era altamente contagiosa por
via aérea. O processo: primeiro surgiam os bubões; em seguida, as manchas
pretas na pele (daí o nome "Peste Negra"); e, depois, cerca de três
quartos dos infectados morriam.
A disseminação da peste negra. Tendo começado, provavelmente e de forma
lenta, na Ásia Central ou no oeste da China nos anos 1330, espalhou-se rapidamente
pelas rotas marítimas comerciais. Ao alcançar Gênova, apareceu rapidamente na
Sicília e em Marselha. Em 1348, atingiu Espanha, Portugal e Inglaterra,
chegando à Alemanha e à Escandinávia em 1349.
O impacto da Peste Negra: 1) reduziu drasticamente a população da
Europa; 2) crises econômicas, ou seja, a escassez de mão de obra apontou para
um aumento dos salários e grandes mudanças sociais. Em 1350, os trabalhadores
ingleses conseguiam ganhar cinco vezes mais que em 1347, e os inquilinos
pagavam seus aluguéis em dinheiro em vez de em trabalho compulsório; 3) perseguição
aos judeus, considerados erroneamente culpados pelo flagelo.
Como no caso da pandemia da Covid, a medicina da época não sabia a causa
da doença e, como consequência, aplicavam tratamentos ineficazes.
Fonte de Consulta
O Livro da História. Tradução de Rafael Longo. São Paulo:
GloboLivros, 2017.
21 julho 2025
Tocqueville, Alexis de
A Democracia Americana é fruto de uma viagem de nove meses pelos Estados Unidos na
qual Tocqueville conheceu e registrou todos os aspectos relevantes da sociedade
americana. Após seu retorno à França, em fevereiro de 1832, escreveu Da
Democracia na América. A obra foi impressa inúmeras vezes ainda no
século XIX e acabou por tornar-se um clássico. A obra completa é vasta, com
mais de mil páginas.
Em setembro de 1848, num discurso na Assembleia Constituinte
da França, ele argumentou que os ideais da Revolução Francesa de 1789 traziam
implícitos um futuro democrático para a França e a rejeição do socialismo.
Tocqueville atacou o socialismo: 1) argumentou
que o socialismo jogava com as "paixões materiais dos homens" — sua
meta seria a geração de riqueza; ignoraria os mais elevados ideais humanos como
a generosidade e a virtude; 2) o socialismo minaria o princípio da propriedade
privada, elemento vital para a liberdade; 3) o socialismo desprezava o indivíduo.
Em síntese, enquanto a democracia
pretendia aumentar a autonomia pessoal, o socialismo a reduziria, ou seja, o socialismo
e a democracia jamais poderiam seguir juntos.
KELLY, Paul... [et al]. O
Livro da Política. Tradução Rafael Longo. São Paulo: Editora Globo, 2013.
Carta Magna
A Magna Carta foi assinada por João sem
Terra (Rei da Inglaterra), em 15 de junho de 1215, em virtude das pressões exercidas
pelos barões da terra, que discordavam da maneira como ele mantinha os territórios
franceses que a Inglaterra possuía, como também do aumento excessivo de
impostos que recaiam sobre os próprios barões. Entrou, também, em conflito
com a Igreja, no sentido de controlar a nomeação de bispos.
Por volta de 1215, ele se defrontou com
uma rebelião e foi forçado a negociar com os seus barões quando chegaram a
Londres. Eles lhe apresentaram um documento, tendo como modelo a Charter of liberties de cem anos antes,
publicada pelo rei Henrique I, detalhando suas exigências que reduziam
consideravelmente o poder de João e aumentavam os privilégios deles. Os
"Articles of the barons" incluíam cláusulas relativas às suas
propriedades, aos direitos e deveres, mas também fizeram com que o rei se
sujeitasse às leis da terra.
A cláusula 39 tinha a seguinte implicação:
"Nenhum homem livre será perseguido, aprisionado ou destituído de seus
direitos ou posses, ou exilado ou privado de sua posição sob qualquer
circunstância, nem usaremos de força contra ele, ou enviaremos outros para que
o façam, exceto pelo julgamento legal por seus pares ou pela lei da terra”. Pela
primeira vez, a liberdade de um indivíduo diante de um governante tirânico foi
explicitamente garantida.
Embora não tenha sido prontamente posta
em prática, as principais cláusulas foram mantidas, e o espírito da Magna Carta influenciou muito o
desenvolvimento político da Grã-Bretanha, cuja ênfase residia na restrição do poder do monarca em
favor dos direitos do "homem livre".
A Magna
Carta foi pioneira na ideia de leis para proteger a liberdade do indivíduo
da autoridade despótica. Ela também inspirou a declaração de direitos preservada
em muitas constituições modernas, em especial as das ex-colônias da
Grã-Bretanha, bem como na Declaração dos Direitos Humanos.
Fonte
de Consulta
KELLY, Paul... [et al]. O
Livro da Política. Tradução Rafael Longo. São Paulo: Editora Globo, 2013.
19 maio 2025
Montesquieu
"A deterioração de
um governo quase sempre começa pela decadência de seus princípios."
Montesquieu
Montesquieu (1689-1755), também conhecido como Charles-Louis de Secondat, barão de La
Brède et de Montesquieu, na França. Com a morte de seu tio em 1716, herdou o título
de barão de Montesquieu. Estudou direito em Bordeaux, mas foi o seu casamento
em 1715 que lhe garantiu um grande dote, o qual, com sua herança, lhe permitiu
se concentrar na carreira literária, que teve início com a sátira Cartas persas.
Montesquieu foi eleito para a Academia de Paris em 1728 e deu início a uma série de viagens pela Itália, Hungria, Turquia e Inglaterra. Depois de voltar a Bordeaux, em 1731, trabalhou na sua história do Império Romano bem como em sua obra-prima, O espírito das leis, publicada anonimamente em 1748.
Durante a era do Iluminismo no século XVIII, a autoridade
tradicional da Igreja foi minada pelas descobertas científicas e questionou-se
a ideia de monarcas governando segundo o direito divino. Na Europa, em especial
na França, muitos filósofos políticos começaram a investigar o poder da
monarquia, do clero e da aristocracia. Destacando-se entre eles, estavam
Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu.
Rousseau defendia que o poder passasse da monarquia para o povo,
e Voltaire, que houvesse a separação entre Igreja e Estado. Montesquieu pensava
menos na figura do governante. Para ele, era mais importante a existência de
uma constituição que evitasse o despotismo. Isso se daria, argumentava, pela
separação dos poderes dentro do governo. No cerne desse argumento estava
a divisão do poder administrativo do Estado em três categorias distintas: o
executivo (responsável pela administração e aplicação das leis), o legislativo
(responsável por aprovar, rejeitar e propor emendas às leis) e o judiciário
(responsável por interpretar e aplicar as leis).
A
separação de poderes garantiria que nenhuma das instituições administrativas
pudesse assumir todo o poder, já que cada uma delas conseguiria restringir
qualquer abuso de poder das outras. Apesar de as ideias de Montesquieu terem
enfrentado a hostilidade das autoridades na França, seu princípio de separação
de poderes foi muito influente, especialmente na América, onde se tornou o
alicerce da Constituição dos Estados Unidos. Depois da Revolução Francesa, tal
separação também se tornou modelo para a nova república, e, conforme se
formavam novas democracias ao redor do mundo no século seguinte, suas
constituições mantinham, em geral, alguma variação desse sistema tripartite.
Obras principais: Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e da sua decadência (1734), O espírito das leis (1748).
Fonte de Consulta
KELLY, Paul... [et al]. O Livro da Política, Paul Kelly. Tradução Rafael Longo. São Paulo: Editora Globo, 2013.
Franklin, Benjamin
Como
cientista, ficou mais conhecido por seus experimentos com a eletricidade.
Dentre suas várias invenções, estão o para-raios, o aquecedor, as lentes
bifocais e o cateter de urina flexível.
Como empreendedor, foi editor de
jornais bem-sucedido, gráfico e autor de literatura popular.
Como estadista, Franklin se opôs à Lei do Selo
britânica, foi embaixador dos EUA em Londres e Paris e é considerado um dos
mais importantes Pais Fundadores dos Estados Unidos. Foi um dos delegados da
convenção que elaborou a Constituição Americana, assinada em 1787. Tentou em
vão abolir a escravatura.
Concepção de Franklin sobre a virtude. Segundo ele, uma nação próspera seria construída sobre as virtudes dos cidadãos individuais, trabalhadores e produtivos, não sobre as características do governante ou de uma classe social como a aristocracia. Em comum com vários pensadores iluministas europeus, Franklin acreditava que os mercadores e os cientistas eram as principais forças motoras da sociedade, mas também dava ênfase à importância de traços pessoais e responsabilidades individuais. Ele considerava o empreendedorismo um importante traço pessoal de virtude.
Sobre o empreendedorismo. A visão de Franklin dos empreendedores diferia, e muito, da imagem moderna de um empresário capitalista. Primeiro, ele via o empreendedorismo como uma virtude apenas nos casos em que promovia o bem comum, como na filantropia. Em segundo lugar, ele via um importante papel para as organizações voluntárias, capazes de restringir o individualismo.
Principais obras: 1733 — Poor Richard's almanack, 1787 — Constituição dos Estados Unidos, 1790 — Autobiografia.
Frases: "Deus ajudar os que se ajudam a si mesmos" / "Deitar cedo e acordar cedo tornam o homem sadio, rico e sábio" / "Nunca deixes para amanhã o que podes fazer hoje” / "Não perca tempo. Esteja sempre envolvido em algo útil. Descarte todas as ações desnecessárias".
Fonte de Consulta
KELLY, Paul... [et al]. O Livro da Política, Paul Kelly. Tradução Rafael Longo. São Paulo: Editora Globo, 2013.
01 maio 2025
Código de Hamurabi, Leis das Doze Tábuas e Leis de Manu
As Leis de Manu
representam o modelo jurídico-religioso do hinduísmo,
com forte ligação entre lei, moral e religião,
diferente dos códigos babilônicos e romanos, que eram mais jurídico-políticos.
Assim como o
Código de Hamurabi, as Leis de Manu reforçam desigualdades
sociais, especialmente pelo sistema de castas
(brâmanes, xátrias, vaixás, sudras).
Ao contrário das
Doze Tábuas, que tentam limitar o poder da elite, Manu legitima o status
quo religioso e social.
Comparativo
entre os Códigos Legais da Antiguidade: Hamurabi, Doze Tábuas e Leis de Manu
Os códigos
legais da Antiguidade têm papel fundamental na formação das primeiras
sociedades organizadas e no surgimento do direito como instrumento de regulação
social. Três desses sistemas se destacam por sua influência histórica e por
representarem diferentes visões culturais e políticas: o Código de Hamurabi
(Babilônia), as Leis das Doze Tábuas (Roma) e as Leis de Manu (Índia).
1. Código de
Hamurabi Elaborado por volta de 1754 a.C. pelo rei Hamurabi da Babilônia, esse
código é um dos mais antigos e completos registros de leis da Antiguidade.
Escritas em pedra e expostas publicamente, suas normas abrangiam temas como
propriedade, família, trabalho e punições criminais. Seu principal princípio
era a lei de talião (“olho por olho, dente por dente”), refletindo uma justiça
retributiva. As penas eram severas e variavam conforme a classe social da
vítima e do agressor.
2. Leis das
Doze Tábuas Criadas por volta de 450 a.C., as Leis das Doze Tábuas foram uma
conquista dos plebeus na Roma Antiga, que exigiam acesso igual à justiça.
Gravadas em tábuas de bronze e afixadas no Fórum Romano, regulamentavam
aspectos da vida civil, como direitos de propriedade, relações familiares e
processos judiciais. Embora também contassem com punições duras, representavam
um avanço em termos de acesso à legalidade e à transparência no uso da lei.
3. Leis de
Manu Compiladas entre 200 a.C. e 200 d.C., as Leis de Manu (Manusmriti)
constituem a base legal e moral do hinduísmo tradicional. Diferentemente dos
códigos anteriores, essas leis são profundamente religiosas e estão fortemente
ligadas à manutenção do sistema de castas. Determinavam normas de conduta
social, deveres espirituais e punições para transgressões morais, sendo
extremamente desiguais quanto aos direitos das castas inferiores e das
mulheres.
Quadro comparativo
Aspecto Código de Hamurabi Leis das Doze Tábuas Leis de Manu Local Babilônia
(Mesopotâmia) Roma
Antiga Índia
Antiga Data
aproximada ~1754 a.C. ~450 a.C. ~200 a.C.
a 200 d.C. Autoridade Rei
Hamurabi Decênviros
romanos Manu
(sábio inspirado pelos deuses) Base legal Lei de
talião, justiça retributiva Direito
civil codificado Dharma e
sistema de castas Igualdade
jurídica Desigual
entre classes Tentativa
de igualdade civil Altamente
desigual Punições Severas,
corporais Severas,
mas cívicas Espirituais,
sociais e físicas Objetivo
principal Ordem e
poder real Acesso
igual à lei Manutenção
da ordem religiosa Influência
histórica Direito
mesopotâmico Direito
romano e ocidental Direito
hindu tradicional
Conclusão
Esses três
códigos ilustram como diferentes civilizações lidaram com a necessidade de
organizar a sociedade por meio da lei. Enquanto Hamurabi representava a justiça
como poder divino e retributivo, Roma buscava um direito mais igualitário e
acessível, e Manu estabelecia um sistema normativo baseado na hierarquia
espiritual e social. Todos deixaram legados duradouros que ainda influenciam
visões contemporâneas sobre o direito e a moral.
Fonte: ChatGPT
29 abril 2025
Código de Hamurabi
Hamurabi, rei da Primeira Dinastia da Babilônia, governou entre 1792 a.C. e 1750 a.C., e instituiu o chamado Código de Hamurabi, um dos conjuntos de leis mais antigos e famosos da história.
Principais características do Código de Hamurabi:
Natureza legal e moral: Reunia cerca de 282 leis, tratando de diversos temas, como comércio, propriedade, família, trabalho, escravidão e punições criminais.
Princípio da reciprocidade (lei de talião): Muitas leis seguem o princípio "olho por olho, dente por dente", ou seja, a punição deveria ser proporcional ao crime.
Desigualdade social nas penas: A severidade das punições variava conforme a classe social da vítima e do agressor. Um crime contra um nobre era punido mais severamente do que o mesmo crime contra um escravo.
Finalidade: Pretendia garantir a justiça, a ordem e a autoridade do rei como representante dos deuses.
Hamurabi expandiu as fronteiras da Babilônia e consolidou seu poder. Ao mesmo tempo, destacou-se pela preocupação com a ordem e a justiça. Hamurabi é reconhecido por sua habilidade em unificar uma série de cidades-estados mesopotâmicas sob uma única bandeira, estabelecendo um império próspero. Hamurabi forjou um sistema jurídico coeso para seus cidadãos.
O Código de Hamurabi — que conhecemos hoje —, é uma coleção de leis escritas em uma laje de pedra de diorito negra. Esse código — composto de 282 leis — reflete uma preocupação com a justiça, mas estabelece um padrão de leis que regulavam a vida cotidiana, o comércio e as relações familiares. Muitas dessas leis puniam crimes e infrações de maneira proporcional, estabelecendo assim um princípio fundamental de justiça: "olho por olho, dente por dente".
Destacamos alguns parágrafos:
Parágrafo 196
Se um homem perfurou o olho de
um homem livre, terá um dos seus olhos perfurado.
Este é um exemplo clássico da lei de talião,
baseada na reciprocidade da punição. Ela reflete uma tentativa de impor justiça proporcional, mas também evidencia a rigidez e severidade das penas na Babilônia. Embora pareça
brutal hoje, buscava limitar vinganças desmedidas entre indivíduos.
Parágrafo 6
Se um homem roubou o tesouro
pertencente ao templo de um deus ou do palácio, esse homem é passível de morte,
e aquele que recebeu de suas mãos o objeto roubado também o é.
Mostra a severidade com que
eram tratados crimes contra o Estado ou religião.
Parágrafo 8
Se um homem roubou um boi,
carneiro, asno, porco ou um barco, se pertencente ao deus ou ao palácio,
restituirá o correspondente a trinta vezes; se pertencente a um súdito comum, a
compensação será correspondente a dez vezes. Se incapaz de restituir, o ladrão
será passível de morte.
Reforça o princípio de punições
severas, com variação conforme o status da vítima.
Parágrafo 129
Se a mulher de um homem for
agrada no leito com um outro homem, eles serão amarrados e lançados na água, a
menos que o marido não deixe sua mulher viva e que o rei não permita que seu
servidor viva.
Demonstra a importância da
fidelidade e a autoridade final do rei.
Parágrafo 195
Se um filho agrediu seu pai,
esse filho terá suas mãos cortadas.
Reflete a rígida hierarquia
familiar e o respeito absoluto aos pais.
Decretos de equidade
estatuídos por Hamurabi, o rei poderoso
Fonte de Consulta
VIEIRA, Jair Lot (Org.). Código de Hamurabi [livro
eletrônico]: as leis de Manu (capítulos VIII e IX): leis das doze tábuas
(fragmentos). Tradução Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2023.
ChatGPT
18 fevereiro 2025
ChatGPT
GPT (Generative Pré-trained Transformer) é baseado na rede neural
chamada transformer. O ChatGPT é um modelo de linguagem avançado que
utiliza a arquitetura GPT, e foi desenvolvido pela OpenAI, uma organização de
pesquisas em inteligência artificial com sede em São Francisco, cidade da Califórnia
(EUA). Por meio do treinamento em uma vasta quantidade de dados textuais, o
ChatGPT é capaz de compreender e gerar conteúdo de forma natural e inteligente.
IA — Geralmente se refere à capacidade de um sistema ou
máquina de imitar ou replicar a inteligência humana em diferentes aspectos. O que
está por trás da IA é a possibilidade de realizar tarefas cognitivas complexas
de maneira semelhante ou até mesmo superior aos seres humanos. Isso inclui a
capacidade de aprender com experiências, raciocinar, resolver problemas, reconhecer
padrões, compreender e utilizar linguagem natural, perceber o ambiente e tomar
decisões informadas.
De modo geral, o trabalho de transformar resume-se em obter
dados — textos, imagens, áudios e estruturas de dados — e submetê-los ao treinamento
e adaptação dos Transformers para lidar com diferentes
tipos de dados e realizar diferentes tarefas: análise de sentimentos, extração
de informações, legendas de imagens, reconhecimento de objetos e instruções a
seguir.
Prompt — Em termos de modelagem de linguagem, um prompt é
uma instrução ou uma entrada fornecida para o modelo como ponto de partida para
gerar uma resposta ou continuação coerente. Pode ser uma frase, um parágrafo ou
até mesmo um texto grande. No contexto do ChatGPT, um prompt
é a mensagem ou pergunta enviada pelo usuário para iniciar a interação com o
assistente virtual. O prompt é essencial para
direcionar o modelo e orientá-lo sobre o tipo de resposta desejada.
Palavras-chaves — São as ordens que damos ao ChatGPT. Eis
algumas delas: crie, descreva, elabore, conduza, desenvolva, forneça, explique,
realize, enumere, liste... Crie uma tabela, liste os 10 aspectos positivos da
caminhada matinal, compare o crescimento econômico do Brasil e do Uruguai...
Frases extraídas do livro
"Crie um roteiro para uma peça teatral baseada no
livro [título do livro]."
"Apresente um argumento [a
favor/contra] [assunto] considerando diferentes
pontos de vista."
"Elabore um guia detalhado com instruções passo a
passo para preparar [tipo de prato] em casa."
"Explique os diversos benefícios que a prática de [atividade física] pode trazer para a saúde."
Fonte de Consulta
ESCUDELARIO, Bruna de Freitas. ChatGPT para o Dia a Dia: Explore o Poder da Inteligência Artificial Agora Mesmo. São Paulo: AOVS: Sistemas de Informática, 2023.
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Limitações da ChatGPT
Numa consulta, em julho de 2025, o chat
nos informa:
1) Foi treinado até 2023;
2) Falta uma atualização contínua;
3) Como não pode acessar a internet, não
pode buscar a informação em tempo real, como faz o Google.
4) Em conversas muito longas pode
perder o fio da meada, pois cada conversa é tratada de forma individual, sem
histórico do que foi dito anteriormente.