Eugen von Böhm-Bawerk
(1851-1914) formou-se em direito. Após ter terminado seu doutorado nessa área,
em 1875, ele começou a se preparar, tanto em casa quanto no exterior, para
lecionar economia na sua Áustria natal.
A forte
influência dos escritos de Menger sobre o pensamento de Böhm-Bawerk, fez de
Böhm-Bawerk um inato para expor e desenvolver a teoria austríaca. De acordo com
Schumpeter, Böhm-Bawerk "era tão completamente o entusiástico discípulo de
Menger, que é praticamente desnecessário procurar por outras influências sobre
ele".
Em 1959, os volumes de Capital e Juro, de Böhm-Bawerk, foram traduzidos para o inglês por Hans Sennholz e George Huncke, e publicados como
volume único. Resenhando essa nova tradução, Mises descreve-a como sendo
"a mais eminente contribuição para a moderna teoria econômica". Ele
disse que ninguém poderia se considerar um economista a menos que estivesse
perfeitamente familiarizado com as ideias esposadas por esse livro; e ele foi
até mais longe ao sugerir — como somente Mises poderia — que nenhum cidadão que
levasse suas funções cívicas a sério poderia exercer seu direito de votar até
que ele tivesse lido Böhm-Bawerk!
A economia moderna se
notabiliza por negligenciar o capital como sendo uma estrutura intertemporal de
bens intermediários. A produção leva tempo, e o tempo que separa a formulação
dos planos de produção - que são estágios de vários períodos - e a satisfação
das demandas do consumidor é abreviado pelo capital. Esses aspectos da
realidade econômica, quando sequer são mencionados nos livros-textos modernos,
são apresentados como sendo "as questões espinhosas do capital", uma
frase reveladora que indica um tratamento indelicado dispensado a esse crítico
tema.
Mesmo um economista
substancial como Schumpeter chegou a afirmar que o juro é um fenômeno de
desequilíbrio e fantasiou sobre um equilíbrio de longo prazo em que as forças
de mercado derrubariam as taxas de juros para zero. John Maynard Keynes disse
que os juros são um fenômeno puramente monetário. Frank Knight, seguindo John
B. Clark, criando aquilo que Hayek chamaria de "mitologia do
capital", disse que a produção e o consumo ocorrem simultaneamente, que o
período de produção é irrelevante, e que as taxas de juros são totalmente
determinadas por considerações tecnológicas. Essas e outras reviravoltas na
visão do capital e do juro no século XX dão um significado agigantado à
sabedoria duradoura de Eugen von Böhm-Bawerk.
Leia mais em: https://www.mises.org.br/article/87/biografia-de-eugen-von-bhm-bawerk
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