Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra a 28 de
junho de 1712 e morreu em Ermenonville a 2 de julho de 1778. Escritor francês
de origem suíça, teve uma vida bastante atribulada: ao nascer, morreu-lhe a
mãe; foi educado por um pastor; teve Madame Warrens como amante; foi preso e
refugiou-se na Inglaterra. Além de escritor político e social, dedicou-se
também à música e à poesia.
O Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens, em 1754, trata da desigualdade e da injustiça como frutos de uma
hierarquia mal constituída. Nessa obra, Rousseau afirma que a organização
social não corresponde à verdadeira natureza humana, corrompendo-a e sufocando
o seu potencial. A Nova Heloísa, em 1761, exalta o direito da
paixão, mesmo quando ilegítima, contra a hipocrisia da sociedade. A mentira
seria um produto social. É romance filosófico que exalta a pureza em luta
contra uma ordem social corrompida e injusta.
Dentre os vários escritos de Rousseau, sobressaíram
os Do Contrato Social e Emílio ou da Educação, em
1762. No Contrato Social, retrata o Estado ideal alicerçado na
vontade geral, onde cada um, através de um pacto social, cede, de si, para a
felicidade da nação. No Emílio ou da Educação, há um questionamento
sobre o método da educação vigente na época. Imagina, assim, um pretenso aluno
— Emílio — que faz o seu aprendizado, partindo de sua própria natureza, ou
seja, de "dentro para fora" e não de "fora para dentro", como
era o convencional.
A liberdade foi amplamente veiculada em todos os
seus escritos. Para Rousseau, a liberdade era tão importante que toda a sua
teoria foi designada para assegurá-la a todos; não na forma de remover coação,
mas como uma liberdade positiva para participar na atividade de legislar sobre
o bem comum. Assim, em seu pensamento, a lei mais do que a anarquia é que
mantém o povo livre. No Contrato Social ele investiga os
pressupostos desta liberdade examinando "os homens como eles são" e
as "leis como devem ser".
A influência de Rousseau foi tamanha que, no
período que antecedia a Revolução Francesa, havia um grupo de intelectuais,
pertencente ao Círculo de Ferro, que estudaram exaustivamente cada
um dos capítulos do seu livro Do Contrato Social, com o objetivo de
formar a opinião da população. Como Rousseau era pessimista, e dizia que todos
os homens nascem livres mas em toda a parte se veem acorrentados, eles
reelaboram esse conceito, dizendo que se Rousseau estivesse vivo, a revolução
seria o único meio libertar as pessoas dessas correntes.
Rousseau foi um defensor da liberdade e da justiça.
Estudemo-lo e absorvamos todo o manancial de conhecimentos que jorra de uma
alma amante da verdade.
Fonte de Consulta
COLLINSON, D. Fifty Major Philosophers: a
Reference Guide. London and New York, Routledge, 1989.
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