O economista, quer esteja a serviço do setor público ou do
setor privado, está incumbido de transformar os bens naturais em bens úteis, a
fim de prover as necessidades humanas, que aumentam à medida que a sociedade se
torna mais complexa. Nesse sentido, deverá preservar a natureza, imbuindo-se de
um sentido ecológico para cada uma de suas ações. Quer dizer, administrar o
solo, o subsolo, o lixo e o espaço que envolve o planeta Terra.
O economista deve ter sempre em mente a relação entre
a parte e o todo. Muitas vezes o que é bom para a parte não o é para o todo.
Observe, por exemplo, a questão dos aumentos dos salários: se todos aumentarem
os seus soldos, o resultado será nulo. Deve, também, conscientizar-se que o
lucro de um é o custo do outro, que a economia é uma virtude distributiva e que
as despesas, mesmo grandes, podem constituir parte essencial da verdadeira
economia.
O
economista deve elaborar os seus conceitos baseados no princípio do equilíbrio
geral, ou seja, na produção do maior bem para o maior número. Pareto, por
exemplo, enfatiza a necessidade de minimizar os custos para maximizar a função
bem-estar social. Para ele, o optimum econômico é o grupo de
condições segundo o princípio de que qualquer mudança que faça alguém melhor,
mas ninguém pior, é desejável. Nesse sentido, é possível que a cogestão pública-privada tenha maior retorno social
do que a tradicional relação governo-empresa privada.
As Finanças Públicas constituem um desses assuntos que
se situam na linha divisória entre a Economia e a Política. A Economia é o que
é, ou seja, elabora a eficiência técnica no sentido de maximizar o lucro. A
Política é o que deve ser, ou seja, elabora-se tendo em vista um juízo de
valor. Produzir bens de luxo é economicamente viável, porque maximiza o lucro,
porém nem sempre afeta a função bem-estar. Ao contrário, a educação das
crianças que tem baixo retorno financeiro é fator relevante para o aumento do
bem-estar social.
O
economista das finanças públicas deve formar-se segundo um comportamento
ético-moral elevado, pois deverá decidir entre o objetivo e o
subjetivo. Quanto mais desprendido for e mais vencedor de si mesmo, mais
chances terá para melhor administrar os bens públicos, que em última instância
pertencem a Deus, o criador do universo. A simplicidade e a humildade são
virtudes valiosas para bem absorver o conteúdo daquilo que é melhor para o todo
e não para o particular.
Exercitemo-nos
em ver sempre o lado bom das pessoas e das coisas. Com isso vamos fortificando
o nosso senso crítico e melhor conduzindo as almas que estão momentaneamente
sob a nossa custódia.
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