27 março 2020

Mão Invisível

Adam Smith (1723-1790), considerado o pai da economia moderna e o mais importante teórico do liberalismo econômico, autor de Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, ou mais conhecida como A riqueza das nações, sua obra mais conhecida, em que procurou demonstrar que a busca do interesse próprio promove o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Os capítulos de sua obra, A mão invisível, são: 1) da divisão do trabalho; 2) do princípio da divisão do trabalho; 3) o princípio do sistema mercantil; 4) restrições à importação de mercadorias; 5) a irracionalidade das restrições; 6) os sistemas agrícolas. Em "As restrições à importação de mercadorias", trata do termo "mão invisível".

Começa dizendo que todo indivíduo que emprega o seu capital em apoio à indústria nacional espera que o seu produto tenha o maior valor possível. De acordo com a quantidade de capital que empregar, terá mais ou menos lucro. O lucro é o objetivo de qualquer pessoa que emprega capital para dar suporte à indústria. Isso faz a economia girar.

A renda anual de cada sociedade é igual ao valor de troca de toda a produção anual de sua indústria, ou seja, é exatamente igual ao valor de troca. Em sendo assim, cada indivíduo fará o maior esforço para aumentar a sua contribuição ao valor total da economia. Cada indivíduo trabalha necessariamente para fazer a renda anual da sociedade tão grande quanto ele possa conseguir.

Eis o texto em que aparece o termo "mão invisível":

"Em geral, ele de fato não tem a intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o está promovendo. Ao preferir dar suporte à indústria doméstica e não à estrangeira, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e ao direcionar essa indústria de tal maneira que seu produto possa ser do maior valor possível, ele tenciona apenas seu próprio ganho, e nisso é, como em muitos outros casos, conduzido por uma mão invisível para produzir um desfecho que não faz parte de sua intenção. Nem sempre é pior para a sociedade que ela não tenha participado dessa intenção. Ao perseguir seu próprio interesse, esse indivíduo frequentemente promove o interesse da sociedade de forma mais efetiva do que se realmente tivesse a intenção de promovê-lo. Eu nunca soube de muitos benefícios trazidos por aqueles que pretendem comerciar tendo em vista o bem público. É uma situação, de fato, não muito comum entre comerciantes, e não são necessárias muitas palavras para dissuadi-los disso".





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