"Uma nação em crise não precisa de
plano. Precisa de homens." (Eugênio Gudin)
Eugênio Gudin Filho (1886-1986) foi um economista liberal
brasileiro, ministro da Fazenda entre setembro de 1954 e abril de 1955, durante
o governo de Café Filho. Formado em engenharia, interessou-se por economia na
década de 20 e, entre 1924 e 1926, publicou seus primeiros artigos sobre
matéria econômica em "O Jornal", do Rio de Janeiro, do qual também
foi diretor. Em 1929, tornou-se diretor da Western Telegraph Co., cargo que
ocuparia até 1954.
Gudin , considerado o guru dos economistas
brasileiros, que acompanhou todas as mudanças políticas e econômicas do século
passado. foi o redator do projeto de lei que institucionalizou o curso de
economia no Brasil. Antes da criação da faculdade, as aulas de economia no
Brasil eram realizadas nos cursos de direito e engenharia.
Na década de 30, passou a integrar
importantes órgãos técnicos e consultivos de coordenação econômica criados pelo
governo federal. Na década de 40, Gudin apresentava-se como um
crítico das medidas econômicas protecionistas e um defensor decidido da
liberdade de atuação para o capital estrangeiro, da igualdade de tratamento
dado a este e ao capital nacional, e da abolição das restrições à remessa de
lucros para o exterior. No início da década de 50, integrou a Comissão de
Anteprojeto da Legislação do Petróleo, tendo discordado das restrições impostas
a atuação do capital estrangeiro no setor. Em seguida, colocou-se frontalmente
contrário à criação da Petrobrás e à instituição do monopólio estatal do
petróleo.
Com a posse do vice-presidente João Café
Filho, em 1954, foi nomeado ministro da Fazenda. Promoveu, então, uma política
de estabilização econômica baseada no corte das despesas públicas e na
contenção da expansão monetária e do crédito, o que provocou a crise de setores
da indústria. Sua passagem pela pasta da Fazenda foi marcada, ainda, pela
decretação da Instrução 113, da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc),
que facilitava os investimentos estrangeiros no país, e que seria largamente
utilizada no governo de Juscelino Kubitscheck.
Fonte de Consulta
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/biografias/eugenio_gudinhttps://educacao.uol.com.br/biografias/eugenio-gudin.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário