"Deem-me erros frutíferos, cheios de
sementes, rebentando com as suas próprias correções. Podem guardar a vossa
verdade estéril para vós mesmos." (Vilfredo Pareto)
Vilfredo Federico
Damaso Pareto (1848-1923) foi um sociólogo, teórico político e economista
italiano. Nascido em Paris, seguiu a profissão de engenheiro. Sucedeu a seu pai
num posto nas linhas férreas italianas. Em 1874 é nomeado diretor de uma
siderúrgica em Florença. Nessa época, dedicou-se ao estudo da Sociologia,
Economia, Filosofia e Política. Das suas publicações fez parte Cours
d'économie politique, 1896-1897, e Manuale di Economica Politica,
1906. Pareto reformou-se em 1907.
A partir dos
fundamentos criados por Walras, Pareto desenvolveu a economia analítica.
Apontou as deficiências de qualquer teoria do valor, na média em que se apoia
em suposições mensuráveis ou "cardinais" mais do que em utilidade
ordinal. Demonstrou que uma teoria eficiente sobre o comportamento do
consumidor e a troca só poderia ser construída com base em suposições de
utilidade cardinal. A troca teria lugar num mercado competitivo entre
indivíduos, de tal modo que os rácios das utilidades marginais dos bens
comercializados igualasse a rácio dos seus preços. Poderia definir-se um
ponto ótimo de troca sem a necessidade de comparar a utilidade total de um
indivíduo com a dos outros. Pareto definiu o aumento do bem-estar total
como o que ocorre nas condições em que algumas pessoas melhoram em resultado da
troca sem que, ao mesmo tempo, ninguém fique pior.
Vilfredo Pareto
formulou sua polêmica lei da distribuição de renda, por meio da complicada
fórmula matemática, onde tentou provar que a distribuição da renda e riqueza na
sociedade não é aleatória e que segue padrão invariável no curso da evolução
histórica em todas as sociedades, que depois foi chamada de “Lei de Pareto”.
A lei de Pareto, no seu
sentido estrito, não foi comprovada como válida. (1)
Fonte de Consulta
(1) BANNOCK, Graham,
BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria
Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987.
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