10 março 2020

Pareto, Vilfredo

"Deem-me erros frutíferos, cheios de sementes, rebentando com as suas próprias correções. Podem guardar a vossa verdade estéril para vós mesmos." (Vilfredo Pareto)

Vilfredo Federico Damaso Pareto (1848-1923) foi um sociólogo, teórico político e economista italiano. Nascido em Paris, seguiu a profissão de engenheiro. Sucedeu a seu pai num posto nas linhas férreas italianas. Em 1874 é nomeado diretor de uma siderúrgica em Florença. Nessa época, dedicou-se ao estudo da Sociologia, Economia, Filosofia e Política. Das suas publicações fez parte Cours d'économie politique, 1896-1897, e Manuale di Economica Politica, 1906. Pareto reformou-se em 1907. 

A partir dos fundamentos criados por Walras, Pareto desenvolveu a economia analítica. Apontou as deficiências de qualquer teoria do valor, na média em que se apoia em suposições mensuráveis ou "cardinais" mais do que em utilidade ordinal. Demonstrou que uma teoria eficiente sobre o comportamento do consumidor e a troca só poderia ser construída com base em suposições de utilidade cardinal. A troca teria lugar num mercado competitivo entre indivíduos, de tal modo que os rácios das utilidades marginais dos bens comercializados igualasse a rácio dos seus preços. Poderia definir-se um ponto ótimo de troca sem a necessidade de comparar a utilidade total de um indivíduo com a dos outros. Pareto definiu o aumento do bem-estar total como o que ocorre nas condições em que algumas pessoas melhoram em resultado da troca sem que, ao mesmo tempo, ninguém fique pior. 

Vilfredo Pareto formulou sua polêmica lei da distribuição de renda, por meio da complicada fórmula matemática, onde tentou provar que a distribuição da renda e riqueza na sociedade não é aleatória e que segue padrão invariável no curso da evolução histórica em todas as sociedades, que depois foi chamada de “Lei de Pareto”.

A lei de Pareto, no seu sentido estrito, não foi comprovada como válida. (1)

Fonte de Consulta

(1) BANNOCK, Graham, BAXTER, R. E. e REES, Ray. Dicionário de Economia. Tradução de Antonio Luís Salvaterra e Maria Madalena Marques de Carvalho Grade. Lisboa/São Paulo: Verbo, 1987. 



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